Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Entrevista com a professora Vanessa Prata.




A entrevista dessa semana é com a professora, jornalista e tradutora, Vanessa Prata. Nesse bate papo, ela faz um breve resumo da vida profissional e dos diversos cursos feitos para se aprimorar no ensino da Língua Inglesa; das aulas particulares e das dificuldades que o professor enfrenta no seu dia a dia.
Vanessa tem um blog (www.teachervanessaprata.blogspot.com) onde ela posta várias dicas e conteúdos interessantes sobre a língua inglesa. Boa leitura and let's go!
Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica/profissional?
Sou formada em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero (2002), pós-graduada em Tradução, pela Unibero-Anhanguera (2011), e tenho os certificados CPE, TKT e Icelt, da Universidade de Cambridge. 
Sou professora de inglês desde 1999, já tendo passado por escolas de idiomas como CNA, Seven, Wizard e SENAC e, atualmente, trabalho na Companhia de Idiomas e dou aulas particulares. Atuo também como jornalista e, eventualmente, faço traduções e revisões.


Porque decidiu ser professora de Língua Inglesa?
Foi um processo natural após alguns anos de estudo da língua, quando percebi que gostava muito de inglês e que gostaria de manter contato com o idioma após terminar o curso.
Comecei dando aulas aos 19 anos na mesma escola em que estudei e não parei mais, mesmo conciliando o trabalho de professora com o de jornalista. Inicialmente imaginava que seria um emprego temporário, enquanto estava na faculdade, mas se tornou uma carreira.
Você disse que, eventualmente, faz traduções. Por que escolheu “tradução” para estudar e como é trabalhar nessa área? Não toma muito tempo?
Quis fazer um curso de tradução justamente para conhecer melhor a área, já que sou formada em Comunicação Social e não em Letras ou Tradução. Fiz alguns trabalhos apenas, até por falta de tempo, pois me divido entre as aulas e o jornalismo, mas este ano traduzi um livro técnico de instrumentação cirúrgica. Pela falta de experiência e prática, acabo demorando mais do que tradutores “profissionais”, claro.  
Você trabalhou em diversas escolas de idiomas diferentes. Tem alguma preferencia por algum método? Wizard e SENAC, por exemplo, têm métodos completamente diferentes.
Cada escola tem sua metodologia, mas é difícil afirmar que uma é melhor do que a outra; elas são diferentes, mas todas podem trazer bons resultados. Cada aluno tende a se identificar mais com uma escola ou metodologia, mas sempre é possível aprender, desde que haja dedicação da parte do aluno e do professor.
Estudei no CNA e gostava muito das aulas, porém conheço pessoas que não se identificaram, assim como outros alunos não se adaptam ao método da Wizard ou da Cultura Inglesa ou de qualquer outra escola. No geral, a tendência é que cada vez mais o foco seja na abordagem comunicativa.
Como é a professora Vanessa em sala de aula? Já passou por alguma situação embaraçosa?
Gosto muito de trabalhar com recursos variados, como vídeos, músicas, textos extras, sites etc. Sou amigável e flexível, mas tenho uma postura séria, não faço o tipo “professora engraçada”. Muitas vezes acontecem algumas coisas, como CD ou DVD não funcionarem (mesmo que você tenha testado antes), nos esquecermos de uma palavra em inglês mais “básica” ou mesmo alunos fazerem piadas em cima de algo que você estava explicando, mas são coisas normais numa sala de aula, não me lembro de algo muito mais “embaraçoso”.

Quais as dificuldades que um profissional de idiomas encontra na região onde você atua? 

Central Park - New York City.
Como em qualquer área, temos que estar sempre estudando e nos atualizando, pois o mercado exige cada vez mais qualificação profissional. A concorrência para trabalhar nas melhores escolas é sempre grande, embora, no momento, a demanda por professores de inglês esteja em alta, havendo oportunidades para muitos profissionais.

No dia a dia, as dificuldades estão em conciliar horários, enfrentar horas no trânsito ou em transporte público para se deslocar de uma escola ou de uma empresa para outra e conseguir ter estabilidade financeira, pois, muitas vezes, professores ganham apenas por hora-aula dada, e devem se precaver com relação às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc.

“A demanda por professores de inglês está em alta”. Por quê?
Londres - Inglaterra. 
Cada vez mais as pessoas estão percebendo que falar inglês não é mais um diferencial, mas uma necessidade para entrar no mercado de trabalho e se manter nele. A perspectiva de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão realizadas aqui também estimula o interesse em aprender inglês. Além disso, muitos pais estão colocando os filhos cada vez mais cedo para estudar o idioma. Assim, o mercado está constantemente precisando de (bons) professores de inglês.
Existem vantagens em aulas particulares? Os alunos sempre comparecem? Existe uma regularidade nas aulas ou os mesmos apenas te procuram quando é véspera de alguma prova?
A principal vantagem da aula particular para o professor é o valor da hora-aula, evidentemente, sempre superior ao que é pago nas escolas. Por outro lado, numa escola a estabilidade é maior, pois dificilmente um grupo vai parar de fazer aulas de uma hora para outra, o que é mais comum acontecer com alunos particulares. Além disso, como professor particular, você é autônomo, sem os direitos (e deveres) de um profissional registrado. A flexibilidade de horário também tem vantagens e desvantagens. Ao mesmo tempo em que você consegue fazer outras coisas no dia a dia, muitas vezes precisa ficar “enrolando” entre uma aula e outra.
Hoje, muitos executivos estão optando por aulas particulares, devido à maior flexibilidade que esse tipo de curso oferece. No meu caso, raramente dei aulas de reforço, com foco apenas em provas, mas certamente existe esse tipo de aluno também.
E como você lida com esse tipo de planejamento citado anteriormente (às faltas de alunos, férias, cancelamentos etc)?
Procuro sempre repor as aulas, dentro do possível. Porém, antes de iniciar o curso com um aluno novo, deixo claras as regras de cancelamento e reposição, isto é, com que antecedência a aula tem que ser cancelada para ter direito à reposição. Exceções são tradadas caso a caso, mas como professores particulares precisamos ter uma previsão média de aulas por mês.
Como você avalia sua formação acadêmica?
Não tenho formação na área de Letras ou Pedagogia, porém fui atrás de vários outros certificados para compensar essas lacunas que poderiam haver em minha formação, embora os cursos de Comunicação Social e de Tradução também tenham ajudado bastante. Acredito que independentemente do curso superior que um professor de inglês tenha feito, é importante estar sempre se atualizando, participando de workshops, palestras, lendo livros, procurando aperfeiçoar-se tanto em termos de conhecimento linguístico como de metodologia e mesmo em outros assuntos, dependendo de sua área de atuação, como aulas para executivos, aulas para crianças, para adolescentes etc. 
Muitas vezes, empresários que não são do ramo de idiomas abrem franquias por terem certo poder aquisitivo que a maioria dos professores de idiomas, que fazem o trabalho mais árduo, não tem. Como você avalia a estrutura das instituições por onde passou e o ensino de línguas estrangeiras no nosso país?
Desde que a direção e a coordenação das escolas estejam nas mãos de profissionais competentes, acredito que o ramo de ensino de idiomas é um negócio como outro qualquer, que precisa de investimentos constantes. No geral, trabalhei em lugares bem estruturados, mas certamente há muitas escolas que precisariam melhorar, e não é uma questão de estrutura física. É lógico que faz diferença se uma escola oferece laboratório, biblioteca, entre outros recursos, mas o principal é a qualidade e o comprometimento dos profissionais que trabalham lá.
Obrigado pela atenção e o tempo disponibilizado. Que mensagem você deixaria para professores e/ou alunos de Língua Inglesa?
Ser professor é uma carreira que exige dedicação constante, comprometimento, responsabilidade e muito trabalho, mas vale a pena. É muito gratificante reencontrar alunos que estudaram com você e ainda se lembram das aulas e mais ainda quando um deles decide ser professor também. É uma troca constante de experiências, estamos sempre conhecendo pessoas e lugares novos e sempre aprendendo.
Quem quiser trocar experiências, pode acessar meu blog!


Jean Carlos
, professor de língua inglesa no estado do RN.

Iramaia Loiola, professora de língua inglesa no estado de SP.

Robson Antunes, estudante de Letras do RN.
Gerson Oliveira, professor de língua inglesa no estado do RN.
Thiago Rocha, Professor de Língua Inglesa que mora na Irlanda.
Carina Fragozo, professora da Língua Inglesa no estado do RS.
Viver Nos EUA, site que oferece dicas para quem quer viver nos E.U.A. 

Um comentário:

Andy A. disse...

Deve ser difícil fazer tradução pois sempre haverá críticas ... adoreia entrevista .
http://andyantunes.blogspot.com/