Como todos sabem, fiquei um pouco afastado das atividades do blog. Fiz isso porque queria diminuir o ritmo; recarregar as baterias. De volta, me encontro na obrigação de dá satisfação aos seguidores e leitores do mesmo. Sim, estamos de volta e a todo vapor.
Durante esse pouco tempo que fiquei sem postar, muitas preguntas foram surgindo. Das mais variadas. Das mais simples às mais complexas possíveis. Não sou dono da verdade, nem pretendo ser, mas se me fazem uma pergunta é porque esperam ouvir minha opinião sobre determinado assunto.
Vou enumerar alguns dos questionamentos mais frequentes. Antes de tudo, vou logo dizer que não postarei os nomes dos questionadores por ter perdido o controle dos mesmos. Foram vários e-mails que recebi e não pude lembrar o nome de todos, pois foram se acumulando e acumulando...
PERGUNTA 01: O ensino de Língua Inglesa na escola pública encontrasse cada vez mais complicado. Sou professor de escola pública e percebo que os alunos não se sentem motivados para aprender essa língua. Será que a motivação, ou a falta dela, vem de mim, professor, ou dos alunos? Gosto do que faço, mas quando vejo o que aparece no meu contracheque no final de cada mês, fico muito desanimado e já percebi que não sou mais o mesmo profissional que era antes. Minha produtividade parece ter diminuído. Já perguntei para muitos colegas, mas farei a pergunta mesmo assim. Será que o ensino de inglês nas escolas públicas tem solução? Será que algum dia vamos mudar e passar a lecionar algo mais produtivo para nossos alunos?
RESPOSTA 01: Vou direto ao ponto. O ensino de línguas não está cada vez mais complicado. Ele sempre foi assim. Talvez até pior em um passado nem tão distante. Pelo menos, hoje em dia é cada vez mais comum ver que muitos professores de línguas pelo menos terminaram a graduação ou são da área. Claro que existem outras realidades, mas se compararmos com outras épocas é cada vez menos comum encontrar o licenciado em matemática ensinando inglês ou espanhol nas escolas públicas. Pode até acontecer, pois para completar a carga-horaria, alguns diretores empurram tudo.
Falar de motivação é muito complicado. Às vezes os alunos colocam a culpa nos professores e os professores rebatem dizendo que os alunos são os que não se interessam pela disciplina. Acho importante sempre haver o dialogo entre ambas as partes. Peça feedback deles, procure saber se os aprendizes estão desmotivados desde o inicio do curso ou se ficaram assim depois do inicio do mesmo. Independente de quem causou essa desmotivação, tente aceitar a reconquista dos mesmos como um desafio prazeroso.
Se o ensino de inglês em escolas públicas tem solução ou se algum dia vamos “ensinar algo produtivo” para nossos alunos são duas questões difíceis de responder. O que posso dizer é que o fato de você está preocupado com tais situações já é uma vitória. Acredito que, como você, muitos outros professores devem estar se questionando as mesmas coisas.
Levantar discussões como estas me parece não somente interessante, mas também motivadora. Se você se sente desmotivado ou diferente de quando você começou é normal. Acredito que todo profissional passa por momentos como esses. Se você deseja continuar na profissão, tente relaxar nas suas horas vagas para poder recarregar suas bateiras; se está insatisfeito, sugiro que mude de profissão, pois nada mais cruel do que ficar agonizando fazendo o que não gosta.
Para que possamos mudar alguma coisa em relação ao ensino de línguas, precisamos mudar muita coisa no sistema todo. Parece-me que os responsáveis pela elaboração das “regras” a serem seguidas não observam cada região do país, pois o ensino de línguas, assim como qualquer outra disciplina, deve considerar e respeitar as realidades dos alunos e seus interesses também. Sei que falar é fácil, mas levantar questionamentos e mostrar-se inquieto com as questões que você levantou já é um bom começo para uma mudança de comportamento.
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