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quarta-feira, 13 de julho de 2011

LITERATURA AMERICANA NO BANQUETE DOS MORTOS: EDGAR ALLAN POE E SUA RELAÇÃO COM A MORTE.

por Bruno Coriolano

Conhecido como um dos grandes nomes da literatura fantástica e do gênero gótico, Edgar Allan Poe nascido nos Estados Unidos da America, aborda, em sua vasta e rica obra, a temática da morte.

Edgar Allan Poe nasceu em Boston, no dia 19 de Janeiro de 1809. Seu avô David Poe participou da Guerra da Independência, e seu pai, também chamado David Poe, casou-se com a inglesa Elisabeth Arnold com quem teve três filhos. Infelizmente muito cedo a miséria e a falta de sorte tomaram conta da vida do escritor, que ainda muito jovem, perde a mãe e depois é abandonado pelo pai.

Poe tentou de tudo na vida. Ingressou na universidade da Virginia, mas logo teve que abandoná-la por problemas financeiros causados pelas dívidas que contraiu em um dos seus vícios: o álcool. Depois do fracasso acadêmico, Poe tentou carreira militar sem obter êxito. Todos esses acontecimentos negativos só poderiam influenciar, de forma profunda, a sua obra. Em seus contos, Allan Poe se concentra no terror psicológico. Ao contrario de outros que escreviam sobre a mesma temática, mas se concentravam no terror visual velando-se apenas de aspectos ambientais.

Em suas histórias extraordinárias, há um mergulho nas profundezas da alma humana. Por vários aspectos, muitos estudiosos lançaram-se ao estudo d e sua obra, já que ela possui uma grande leva de exemplos que ilustram de forma brilhante uma leitura quase obrigando ao leitor a não se desconcentrar um instante para não se sentir perdido ou dentro de um labirinto.

A morte é um tema recorrente em seu trabalho, mas ao que parece, temos uma permutação do tema vindo da vida do próprio autor. Depois de perder a mãe, Poe sofreria mais perdas: a mãe adotiva, logo após regressar do exercito; logo após publicar poemas, aos 22 anos, descobre o irmão morto em Baltimore; aos 27, casa-se com a prima de 13 anos, com quem ficou casado até a tuberculose levá-la em 1847.

Depois de tantos acontecimentos ruins, o autor escreve incansavelmente sobre a morte e temas afins. Escreveu novelas, contos e poemas, exercendo larga influência sobre autores mundialmente aclamados como Baudelaire, Maupassant e Dostoievski. Sabe-se que seu maior talento era escrever contos góticos, analíticos, policiais. Os de horror apresentam “personagens doentias, obsessivas, fascinadas pela morte, com predisposição para o crime, dominadas por maldições hereditárias”, seres que oscilam entre a lucidez e a loucura, vivendo numa espécie de transe, como espectros assustadores de um terrível pesadelo eterno.

Nenhum de seus contos é narrado em terceira pessoa, percebesse assim como realmente é sempre o autor que vê, sente, ouve e vive o mais profundo terror. Esses parecem relatos em que o delírio do personagem se mistura de tal maneira à realidade que não se consegue mais diferenciar se o perigo é concreto ou se trata apenas de ilusões produzidas por uma mente atormentada. Independentemente desse aspecto, sua obra é lembrada pelo talento narrativo impressionante e impressivo, pela força criadora monumental e pela realização artística invejável, fazendo com que Edgar Allan Poe seja considerado, por muitos, e compartilho dessa idéia, o maior autor de contos de terror.

Aos 07 de outubro de 1849, seu tão utilizado tema: a morte, o encontra finalmente para um dialogo final. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas relatos dizem que Poe passou vários dias no hospital depois de encontrado por amigos em estado deprimente, como em seus personagens, e vestindo roupas de outra pessoa nas ruas escuras de Baltimore. 

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