Tradução Literal (ao pé da letra; ad verbum) – Procura manter o máximo de fidelidade ao texto original; manter sua estrutura sintática. O papel do tradutor é de baixa responsabilidade. É necessária para documentos e parcialmente apropriada para textos literários ou jurídicos, e para traduções entre línguas com baixo grau de diferença. A principal ferramenta de trabalho é o dicionário e a atitude do tradutor é de humildade intelectual e baixo grau de intervenção.
Tradução Interpretativa (livre na interpretação; ad sensum) – Usa maior liberdade de interpretação da ideia extraída do texto, adaptando-a as características da língua para a qual traduz. É apropriada para textos jornalísticos, comerciais, acadêmicos e técnicos. O grau de intervenção é maior, o que exige maiores qualificações do tradutor, e cujo papel passa a ser de maior responsabilidade. Produz bons resultados quanto o texto original está bem redigido e quando se traduz de uma língua que se caracteriza por mais objetividade para outra que valoriza mais a estética e a retórica, como por exemplo, do inglês para o português.
Tradução Investigativa (além de liberdade na interpretação, busca representar a intenção do autor; ad intentio) – Aqui o tradutor usa de máxima liberdade na interpretação, buscando informações fora do texto, quando necessário. O grau de intervenção é maior do que na tradução interpretativa e o papel do tradutor se aproxima ao de um consultor, corresponsável pelo resultado final. É apropriada para textos jornalísticos, comerciais científicos e técnicos, e, em especial, para textos que pecam pela falta de clareza. Produz excelentes resultados, mas exige mais esforço e qualificação do tradutor, e depende da colaboração do autor.
Retirado de
Palestra apresentada na Conferência Anual da ATA (American Translators Association) na cidade de São Francisco (EUA), em novembro de 2007. Ricardo Schütz. E-mail: sk@sk.com.br
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