Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Vô pruospital" e não “eu vou para o hospital”: condensed pronunciation




Certo dia falei para meus alunos que o problema, quando não entendemos tudo em inglês, não era uma questão de A ou B está falando inglês rápido. Na verdade, nós também falamos “rápido” aos ouvidos de não-nativos de língua portuguesa. O que acontece aqui mesmo é falta de informação, pois na maioria das vezes, nós não estamos cientes de algumas, digamos, “características da linguagem falada” (que é diferente da escrita, por exemplo).


VEJAMOS O EXEMPLO DO NOSSO PORTUGUÊS:

Ninguém diz: “eu vou para o hospital”. Na verdade, nós dizemos, “ pruospital” (ou coisa parecida). Assim como ninguém diz, “vamos embora”, todos nós, no uso da nossa linguagem do dia a dia, dizemos “vambora” ou “bora”.

Em inglês a coisa toda não é diferente:

Só para se ter uma ideia, fiz um exemplo com “you”:

Did you: [ˈdɪdʒə], didja
Did you / do you: [ˈdʒə], d'ya
Don’t you: [ˈdoʊntʃə], doncha
Got you: [ˈɡɒtʃə], gotcha
Get you / get your: [ˈɡɛtʃə], getcha
would you: [ˈwʊdʒə], wouldja

Mais exemplos em inglês acontecem com “going to”, “a lot of”, “got to” e uma porção de outras possíveis “combinações”.

Going to: [ˈɡʌnə], gonna;
A lot of: [əˈlɑɾə], a lotta;
Kind of:[ˈkaɪɾ̃ə], kinda;
Out of: [ˈaʊɾə], outta;
Sort of:[ˈsɔɹɾə], sorta…

Na linguagem do dia a dia, usamos o que chamamos de ‘condensed pronunciation’, uma linguagem mais relaxada, onde não nos importamos muito com a pronuncia de palavra por palavra. Isso é o que eu mesmo chamo de “linguagem natural”. Não pensem que vão ouvir todo e qualquer falante de língua inglesa falando de forma uniforme, somos mais falantes não-nativos do que nativos no mundo e claro que as questões culturais e fonológicas (além de tantas outras) influenciam nas nossa pronuncia.

Vixi Maria! e qual é a solução para entender, então? Simples. Ouvir, ouvir e ouvir o mais variado número de pessoas falando. Como? Séries, professores, amigos, rádio, podcasts, entrevistas no YouTube...

Boa sorte nos estudos.



P.S.: Coloquei todos os exemplos fora de contexto para mostrar apenas algumas características isoladas. Não seria possível explicar de forma tão simples se não tivesse procedido assim. 

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