Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Inglês como Língua Estrangeira: Questões relativas ao aprendizado.





por Bruno Coriolano de Almeida Costa

Antes de iniciar esse manuscrito, gostaria de convidá-los a participar de uma aula. Pode até parecer tendencioso, mas na verdade gostaria que assistíssemos juntos a uma aula típica de língua Inglesa como segunda língua. Se você aceitou ler até aqui, então te convido a sentar ao fundo da sala e ver o que o professor está prestes a fazer.
A aula em questão acontece no Brasil em uma escola de idiomas no nível pré-intermediário. O curso tem um total de 180 horas por semestre, duas aulas diárias, cinco dias na semana, de segunda á sexta, um total de 10 horas semanais. O material principal de referência vem do livro New Inside Out. O professor adentra a sala, onde já havia feito a checagem prévia de todo o material que seria utilizado tais como o aparelho de DVD e o micro system; faz uso da saudação “good morning” (bom dia) com os alunos e espera que os mesmos dêem a mesma resposta. Obviamente, os estudantes respondem e temos ai o início de mais uma aula em inglês. Logo em seguida, o educador começa uma revisão na tentativa de ativar o conhecimento prévio dos seus alunos, que são, em sua maioria, adultos universitários que sabem da importância do domínio do idioma, portanto, eles têm consciência de suas obrigações e deveres, o que torna o trabalho mais fácil.
O tema da aula é adjetivos. Os alunos estão prestes a estudar as formas comparativas de igualdade e superioridade. Para isso o professor escolheu como tema tipos de músicas. Obviamente, o professor já tinha um Lesson Plan (plano de aula) feito previamente com os objetivos bem definidos e possíveis dificuldades que os alunos poderiam encontrar. O professor demonstra desenvoltura, confiança e experiência, três características importantes para a profissão. Os alunos são convidados a opinarem sobre vários estilos de música após analisarem alguns flashcards (cartões com gravuras) que o professor mostra e depois fixa no quadro. A aula decorre bem e os alunos rapidamente começam a perceber como fazer comparações usando as estruturas ensinadas. Logo após a contextualização do vocabulário e a apresentação do tópico gramatical, o professor passa para um exercício auditivo onde os alunos são convidados a ouvirem um texto e completarem algumas lacunas com informações relativas ao conteúdo estudado.
No final da aula o professor quer saber se seus alunos realmente assimilaram o conteúdo estudado e pede que os mesmos façam um exercício escrito em grupo, o mesmo é corrigido com a participação efetiva de toda a turma.
Obviamente que não podemos dizer que a aula foi perfeita, especialmente se levarmos em consideração que precisaríamos saber um pouco da aula anterior e posterior aquela para podermos entender a seqüência lógica do conteúdo estudado. Mas analisando a aula, podemos dizer que o bom ambiente criado pelo professor, a participação dos alunos, a preparação das atividades e outros fatores facilitaram o bom trabalho desenvolvimento, alcançando os objetivos pré-estabelecidos durante a elaboração do plano de aula.
Assim podemos dizer que o objetivo de uma aula como essa é tornar os alunos comunicativamente competentes. Nesse caso, a aprendizagem lingüística é vista como um processo de comunicação no qual o simples conhecimento das formas da língua alvo, seu significado e funções, são insuficientes. Para isso o professor planejou as atividades de forma que seus alunos usariam a língua apropriadamente dentro de um contexto social (tipos de música). Então, o domínio não só da competência gramatical ou lingüística, mas também de habilidades sociolingüísticas, discursivas e estratégicas foram cuidadosamente observados pelo mestre. Claro que o fato do curso ser intensivo, com duração de duas horas por dia, ajuda bastante, pois os alunos têm um contato mais efetivo com a língua estudada e uma disciplina maior também. A forma usada, trabalhos em grupos, ajuda a criar um ambiente mais propício à aprendizagem e a interação onde todos podem fazer uma auto-correção e ensinar uns aos outros.
Ao preparar a aula, o professor considerou todos os tipos de inteligências dos alunos durante a fixação das atividades que visavam o uso autêntico da língua alvo (língua Inglesa, também chamada de L2), que foi utilizada durante toda a aula.

PS: Dedicado aos professores Keager (Irlanda) e Gabriela Hallas (Alemanha), professores do TEFL International empenhados na transmissão de suas experiências e conhecimentos preciosos e a quem devo vários obséquios pelas contribuições para as minhas práticas futuras no ensino de Inglês como Língua Estrangeira.

Graduado em Letras e especialista em Língua Inglesa. Professor de Inglês como Língua Estrangeira e Segunda Língua com experiência profissional internacional SENAC/RN (certificação Internacional TEFL). Twitter: @BRUNOCORIOLANO – brunocoriolano@zipmail.com.br


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