Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Entrevista com o professor Sérgio Pantoja Junior.

     
O entrevistado dessa semana é o professor Sérgio Pantoja Junior. O mesmo fala das dificuldades da profissão, de quando decidiu se tornar professor de Língua Inglesa e faz uma breve avaliação do ensino de Língua Inglesa no Brasil.



Poderia fazer um breve resumo da vida acadêmica e profissional?


Sou graduado em Letras (Português e Inglês) e pós-graduado em Ensino de Língua Inglesa e Tradução. Possuo os certificados FCE, CAE, CPE e TKT da Universidade de Cambridge e especialização em Ensino de Língua Inglesa pela Universidade de Oregon dos EUA. Além de ter feitos diversos outros cursos de extensão e aperfeiçoamento. Em 10 anos na profissão já lecionei em diversas escolas de idiomas como Fisk, CCAA, Cultura Inglesa entre outras. De 2008 a 2010 tive a oportunidade de colaborar com o site Inglês Online elaborando os Quizzes, da seção Teste seu Inglês, publicados semanalmente. Nesse período fiz cerca de 80 quizzes sobre os mais variados tópicos. Atualmente trabalho como professor na S&D Inglês Personalizado em Araras, interior de São Paulo.


Quando decidiu que queria ser professor de língua inglesa?


Sempre amei inglês, mas só decidi mesmo que queria ser professor aos 17 anos. Quando estava para terminar o ensino médio tomei essa decisão que mudou a minha vida para sempre de forma extremamente positiva.


Quais os principais problemas e desafios encontrados por alguém que é professor de LÍNGUA INGLESA na região onde você atua?


Diria que seja a dificuldade em obter uma qualificação mais especializada na área. Quando decidi fazer minha pós-graduação tive que viajar para São Paulo todo final de semana. A maior parte das palestras e workshops acontece lá, o que na maioria das vezes pode dificultar um pouco para quem vive no interior. Na época que estava estudando para o CAE, por exemplo, tive que fazer aulas particulares, pois não havia escolas aqui que oferecessem cursos de inglês mais avançados. Durante minha preparação para o CPE estudei um pouco em Campinas (que fica a cerca de 90 km de Araras) e por conta própria. No final deu tudo certo e eu consegui passar no tão “temido” CPE.


Como você avalia a formação dos profissionais da área de idiomas? Ela é satisfatória ou ainda tem que mudar algo?


Conheço vários professores altamente qualificados com uma ótima formação lingüística e pedagógica. Contudo, essa ainda não é a realidade da maior parte das pessoas que atuam como professores de inglês. Há aqueles que dão aulas há anos e se quer tem uma boa formação lingüística ou pedagógica. Sabem apenas reproduzir o método da escola onde lecionam, mas não tem a menor idéia do que estão fazendo ou onde querem chegar. Falta base teórica para entenderem o que está por trás de suas decisões e refletirem sobre suas ações.


Acredito que ninguém começa na profissão já “pronto”. No entanto cabe a nós buscarmos conhecimento para que possamos nos tornar cada vez melhores. Atualmente há diversos sites na internet que oferecem uma enorme gama de vídeos e artigos gratuitamente voltados a formação de professores de inglês. Há também cursos online oferecidos por instituições da mais alta credibilidade por preços totalmente acessíveis. É possível se tornar um professor melhor sem gastar fortunas com cursos e viagens para o exterior. Bastar ter vontade, humildade e estar aberto a aprender coisas novas e refletir sobre as práticas cotidianas. O aprendizado é algo continuo não só para os alunos, mas para nós professores. Percebo que quanto mais leio e pesquiso mais tenho a aprender e é esse processo de descoberta continua que tanto me fascina na profissão.



Qual foi a situação mais difícil que você passou como professor de língua inglesa?


Definitivamente a fase mais difícil foi no inicio da profissão. Comecei em uma escola de idiomas sem receber praticamente suporte pedagógico algum. Fiz um treinamento rápido com a dona da escola sobre como aplicar o método e comecei imediatamente a dar aulas. No inicio fazia muita coisa por instinto ou baseado no que tinha visto alguns dos meus ex-professores fazer, mas não sabia o porquê estava fazendo certas coisas e principalmente o que queria alcançar com aquilo. Isso me incomodava profundamente! Foi aí que eu percebi a necessidade de buscar uma formação mais sólida na área.



Se pudesse voltar ao passado que atitude mudaria em relação à vida profissional?


Teria priorizado mais tempo para fazer meu mestrado em lingüística aplicada. Mas nunca é tarde!


Quais os planos profissionais para o futuro?


Nos últimos 10 anos tenho feito um curso novo todos os anos, seja online ou presencial. Essa atualização constante tem me ajudado a melhorar muito. Pretendo agora começar a planejar meu mestrado em lingüística aplicada e a expansão da minha escola em um futuro bem próximo.


Como você avalia o ensino de inglês como língua estrangeira no nosso país?


Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas tenho muitas esperanças que um dia as coisas serão diferentes. Já tenho percebido uma maior preocupação por parte do governo federal e estadual através da criação de novas parcerias com universidades do exterior e da oferta de cursos de especialização para professores das escolas publicas nos EUA e Inglaterra. Assim como pela criação de cursos online de inglês para alunos das escolas públicas e centros de línguas em diversas cidades do estado de São Paulo. Espero que um dia nossos alunos possam sair da escola pública falando inglês!


Em relação a algumas escolas de idiomas percebo que há um investimento gigantesco em propagandas, mas insignificante em formação de professores. Professores são as peças chaves nesse contexto. Investir neles significa dar aos alunos a oportunidade de ter um ensino melhor. Tenho a esperança que nossa profissão seja mais valorizada e nosso papel seja reconhecido. Uma ideia que sempre surge na conversa com outros amigos professores é a de algo como um “selo de qualidade” que avaliasse e certificasse a qualidade de ensino oferecido por cada escola. Isso daria para o aluno a segurança de estar estudando em uma instituição confiável e que realmente se preocupa não apenas com propagandas, mas acima de tudo com a qualidade do ensino oferecido.



Que métodos você acha mais efetivos para os alunos de idiomas?


Há diversas coisas que os alunos de idiomas podem fazer por conta própria para melhorar e acelerar o aprendizado. A primeira delas é tentar estar constantemente em contato com a língua que se deseja aprender. Eu particularmente sou muito auditivo então sempre procurei ouvir inglês o máximo possível. Na minha época as opções eram um tanto quanto limitadas. Tinha as fitas cassete do livro que estudava, músicas e filmes em inglês. Hoje temos material (vídeos e podcasts) adaptados para diversos níveis. Isso facilita muito as coisas, pois os alunos podem ter contato em inglês com os mais variados assuntos adaptados ao seu nível atual.

Não acho que seja produtivo para um aluno básico, por exemplo, praticar o listening através de um filme feito para nativos que pode trazer gírias específicas de um determinado lugar ou refletir a fala de uma determinada época. O importante é ter contato com algo que se consiga entender, algo que seja compreensível. Caso contrário, o sentimento gerado será de frustração e desmotivação.


    Que mensagem deixaria para estudantes e professores de língua inglesa?


Para os estudantes de inglês eu gostaria de dizer que é possível sim aprender inglês no Brasil! Eu mesmo só fui ter a minha primeira oportunidade de viajar para fora dos pais anos depois de ter passado no CPE. Me recordo que um dia uma pessoa me disse que  jamais conseguiria passar nesse exame sem ter morado algum tempo em um pais que falasse inglês, mas provei a ela que isso é possível sim. Assim como muitos outros antes de mim também conseguiram. Em minha opinião o mais importante é ter foco, força de vontade e saber priorizar o que você quer. Estabeleça a sua meta, defina o que é necessário fazer para chegar lá e vá em frente! Não desista! Quando eu estudava inglês tinha apenas um livro de gramática, o livro do curso, o livro de exercícios e duas fitas cassete e essa aparente limitação não me atrapalhou de atingir o meu objetivo. Essa era minha única forma de contato com a língua além de ouvir música e assistir filmes. Hoje graças à internet temos centenas de sites gratuitos com material muitíssimo bem elaborado e dividido por nível com recursos de vídeo, áudio e muita interatividade. A falta de bons materiais não é mais uma desculpa para não aprender ou estar em contato com a língua. O que falta na maioria das vezes é foco e determinação

Para os meus queridos amigos professores eu gostaria de reiterar a importância da formação continuada. Como já mencionei anteriormente, ninguém começa já pronto. O processo de melhoria é continuo e se prolonga até o nosso ultimo dia de vida. Devemos estar sempre dispostos a aprender cada vez mais! Ouvir, pensar e refletir são habilidades essenciais na profissão que escolhemos. Estamos em constante mudança e essas mudanças ocorrem na maioria das vezes após a simples leitura de um artigo, depois da conversa com outro professor, um workshop, da leitura de um livro etc. São essas pequenas coisas que no todo vão nos transformando em melhores professores. Mudanças que não ocorrem apenas ao término de um longo curso, mas constantemente no nosso dia a dia. Invista na sua carreira! Leia bons livros, artigos, faça cursos, pois para exigirmos bons alunos temos que primeiramente sermos bons professores.



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domingo, 15 de abril de 2012

[Slang] O que significa “to veg out”?



Aqui o verbo “to veg” é a forma abreviada do verbo “to vegetate”, vegetar em português.

To veg out significa “relaxar, descansar, não fazer nada, ficar de papo pro ar”.


Tonight I’m going to stay at home and veg out in front of my TV while I watch a very good film.



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[JOKE] A dying grandmother



A dying grandmother


A dying grandmother told her granddaughter, "Dear, I want you to inherit my farm, my villa, my tractor, the farmhouse and all my livestock."

"Wow!" said her granddaughter. "Thanks, Grandma. I didn't know you even had all that stuff. Where is it?"

Grandma replied, "On Facebook!"



Vocabulary Help
  • Dear - querida
  • dying - agonizante, morrendo
  • farm - fazenda
  • farmhouse - casa da fazenda
  • granddaughter - neta
  • Grandma - avó
  • inherit - herdar
  • know (know, knew, known) - saber
  • livestock - gado
  • reply - responder
  • stuff - coisas
  • tell (tell, told, told) - contar



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sexta-feira, 13 de abril de 2012

[Falsos cognatos/False Friends] O que significa SPOUSE em português?



Você sabia que SPOUSE também pode ser traduzido como esposa? Acredito que se perguntar para qualquer estudante de língua inglesa, como dizer ESPOSA em inglês, nove em cada dez alunos responderão prontamente, WIFE.

A resposta não estaria errada, pois WIFE significa exatamente ESPOSA em uma tradução livre para o português.

SPOUSE não é apenas ESPOSA. Pode ser também MARIDO. Isso porque a palavra SPOUSE significa CÔNJUGUE.

The term spouse generally refers to a partner in a marriage:
Husband, referring to a male partner
Wife, referring to a female partner

In some usages, a partner in a civil union, domestic partnership or common-law marriage.

Spouse means your other-half. It refers to the person whom you are married with. Your husband or wife means your spouse. Without researching the exact definition, this is my take on it:

It is like the word 'espouse'. To espouse is to convey an expression of ones thoughts. (LINK).





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quarta-feira, 11 de abril de 2012

VIDEO: Learning German to escape debt crisis.



TRANSCRIPT

REPORTER: Grappling with grammar and new vocabulary. These students are learning German at Berlin's Goethe Institute. And they're in good company. The Goethe Institute - Germany's cultural institution - saw record numbers of learners at its centres around the world in 2011. German's growing popularity is an unexpected side-effect of the euro zone debt crisis. The head of language courses at the Berlin centre, Guenther Neuhaus, says there's a lot more demand from southern Europe. 

GUENTHER NEHHAUS, HEAD OF LANGUAGE COURSES AT GOETHE INSTITUTE BERLIN: "The numbers of students who are learning German in Goethe Institutes abroad rose by around 10 percent last year, and numbers rose even more in certain regions like Spain, Italy and Greece. Of course we are pleased that more people are learning German. I have to add that at the Institute we usually teach adults."

REPORTER: Alejandra Segura is from Spain. She's learning German so she can study at a Berlin theatre school. Her fellow students are from as far afield as Greece, Palestine and the USA. In this German class alone there are students from eight different countries. And while they are all learning German for different reasons, the country's economic boom has undoubtedly attracted many of them to study or work here. Come break time, the students have a chance to chat - most already speak English but believe learning German will open new doors.

ALEJANDRA SEGURA, SPANISH STUDENT LEARNING GERMAN: "I'm studying German because I want to study here in Berlin. I already did my training in Spain but I didn't think it was enough so I want to study more."
 
MALINE MOLIN, SWEDISH STUDENT LEARNING GERMAN: "I'm studying business and it's a really good "Handlessprache", like a business language, to learn. Sweden has a lot of exchange with Germany so it's for professional use mostly."
 
REPORTER: Vo Ha is from Vietnam and is working as an intern at the Goethe Institute.
 
VP THI HAI HA:  "I definitely want to become a German teacher, as I think it would be great to teach the language to others."
 
REPORTER: German has long had a reputation as difficult to learn. But unemployment is at a 20-year low, and as long as the country has jobs to offer - many more students are expected to get their tongues around Deutsch. Joanna Partridge, Reuters.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Entrevista com o professor Jobson Barbosa.




A entrevista dessa semana é com o professor de Língua Inglesa, Jobson Barbosa, professor na cidade de Mossoró-RN com bastante experiência na área de ensino de Língua Inglesa como Língua Estrangeria. Esperamos que todos gostem da entrevista e curtam nossa página no Facebook.



1. Poderia fazer um breve resumo da vida acadêmica e profissional?


Vamos lá. Desde o Ensino Fundamental e Médio, sempre tive certa afinidade com a Língua Inglesa. Como muitos, o dia parecia mais claro e o ar mais puro quando era dia de aula de Inglês (sem exageros). Essas foram as razões pelas quais escolhi fazer vestibular para Letras. Lá, acabei tendo uma visão maior da Língua, principalmente do ponto de vista da Lingüística, e isso me motivou a estudar melhor o Inglês. Para isso, eu precisaria me sentir responsável pelo aprendizado, meu e de outros, foi então que me tornei professor. No final do curso, comecei a dar aulas como monitor do NEEL (Núcleo de Estudo e Ensino de Línguas) da UERN e, atualmente, trabalho no SENAC. Por fim, faço parte da turma do Curso de especialização em ensino-aprendizagem de LE pela UERN com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2012.


2. Por que decidiu ser professor? E por que língua inglesa?


Além da influência familiar (somos oito, sete de nós professores), vi a necessidade de por em prática aquilo que aprendi na graduação. Eu possuía muitos mitos sobre o ensino de Inglês que caíram por terra através de leituras, quis ver como a teoria se aplicava na prática e se funcionava. Além do mais, embora tenha trabalhado em outras profissões, o ambiente de sala de aula sempre me atraiu e como não se pode ser aluno para sempre, percebi que esta profissão me permitiria esse contato.


3. Quais os principais problemas e desafios encontrados por alguém que é professor de LÍNGUA INGLESA na região onde você atua?


No tocante aos professores da rede pública e privada, provavelmente os desafios estão associados a tentar criar um ambiente motivador e favorável ao aprendizado da língua, pois sabemos que a deficiência de conhecimento prévio dos alunos, associado com uma superlotação nas salas de aula, tornam-se grandes fatores que reduzem a afetividade tanto do aluno quanto do professor. Quanto às escolas de idiomas, vemos que o problema se dá ao fato de que poucas instituições levam em conta a experiência no ensino que o professor possui, e sim se ele já esteve em um país estrangeiro. Sendo assim, a confiança para o ensino de níveis avançados, dada aos profissionais, é inferior se comparada com aqueles que tiveram essa experiência, ou mesmo para nativos que aqui ensinam. Sobre o fator remuneração, é lamentável afirmar que certas escolas da nossa região não pagam adequadamente seus professores, tendo estes que se sobrecarregarem a fim de conseguir a renda que merecem.


4. Como você avalia a formação dos profissionais da sua área? Ela é satisfatória ou ainda tem que mudar algo?


Sendo sincero, acho que o curso de Letras de nossa Universidade necessita de uma repaginada. Atualmente, o perfil de boa parte dos alunos que entram nesta faculdade mostra que eles não possuem um conhecimento básico da Língua, até melhoram durante o curso, no entanto, não demonstram qualquer interesse em atuar numa sala de aula. Além disso, mesmo aqueles que entram com certo domínio da língua, se prendem tanto a este conhecimento que não buscam desenvolvimento em outras áreas, como a Literatura, Linguística ou a pesquisa. Reconheço que fui um destes que, enquanto aluno, dei maior ênfase a Língua em si, e que só demonstrei interesse maior por outras áreas após graduado.


5. Como é a relação entre os colegas de profissão? É difícil lidar com muitos professores de diferentes opiniões ou faz parte do ofício?


Bom, conheço muita gente na área de Idiomas em minha cidade e o que pude perceber é que há um bom relacionamento entre nós. Até porque geralmente os professores acabam tendo a mesma origem, que é o NEEL e de lá acabam se esbarrando em outras escolas e isso cria certo vinculo entre todos. Sei que em alguns casos isolados há a famosa competição entre colegas de trabalho, mas não sinto isso muito forte em nossa cidade.


6. E os alunos, como você avalia o desempenho dos alunos de idiomas na região onde trabalha?


Acho que em toda parte temos “alunos e alunos”. O fato é que a maioria dos professores de nossa cidade atualmente são alunos que frequentaram escolas de idiomas, tiveram um bom desempenho e tornaram-se professores delas em seguida. No entanto, temos alunos que sabem a necessidade de adquirir este conhecimento, até frequentam escolas de idiomas, mas não demonstram compromisso, faltam muito, põem o Inglês como a menor de suas prioridades e, por fim acabam atribuindo à Instituição seu não sucesso.



7. “Aprenda inglês em um ou dois anos”; “seja fluente em dois semestres” etc. esse tipo de propaganda parece ser clichê no mundo de curso de idiomas, o que você acha desse tipo de apelo para buscar alunos?


Acredito que este apelo se dá ao fato das pessoas quererem resultados em pouquíssimo tempo. Funciona assim desde produtos de emagrecimento até tratamentos médicos, as pessoas não querem esperar muito pelo que precisam. O que sabemos é que para aprender uma língua exige memória, contato e estudo. Creio que mesmo o melhor curso de idiomas não vai oferecer tudo o que você precisa saber sobre a língua em tão pouco tempo. De fato, os cursos de idiomas visam criar uma rotina de aprendizado, que deve se estender mesmo após o termino do curso pelo aluno.


8. Qual a importância de saber falar o inglês nos dias de hoje?


Difícil responder essa pergunta sem parecer início de semestre letivo (rsrsrs), mas a verdade é que em qualquer área que se trabalhe hoje em dia se está sujeito a interações com pessoas de outras nações, principalmente devido à aproximação causada pela internet. O mundo da informação está cada vez mais rápido, e nós como consumidores dela queremos tê-la o quanto antes, seja no trabalho ou lazer. A questão é que geralmente a difusão da tecnologia se utiliza de uma língua como ponte entre nações e pessoas, e a língua do momento é a Inglesa. Se você quer participar dos sites mais comentados, ser o primeiro a trazer uma notícia, ou seu trabalho depende desse imediatismo (e qual não depende hoje em dia) você precisará conhecer essa língua melhor.


9. Qual inglês devemos aprender, o americano ou britânico?


Depende, se você acha que no uso da língua você terá contato só com Americanos, então estude o americano, mas seu contato será maior com Ingleses, então aprenda o britânico. No entanto, se você acha que não vai poder escolher com qual nação vai interagir, melhor aprender o Inglês como língua internacional. O princípio básico da comunicação é que você seja capaz de entender e ser entendido, sendo assim, não importa se você está falando com um americano, britânico, canadense, sul-africano, australiano ou qualquer outro falante de Inglês como língua estrangeira, desde que haja compreensão mútua.


10.            Qual foi a situação mais difícil que você passou como professor de língua inglesa?


Não consigo lembrar um momento difícil, mas sim um marcante. Fui convidado pelo Departamento de Inclusão da UERN para atuar como Ledor de uma Prova de Vestibular de Língua Inglesa para um rapaz que possui deficiência visual. Naquele dia, eu tinha que ler toda a prova como ela realmente era, sem interferir nas escolhas do candidato. Não minto que fiquei preocupado se ele conseguiria identificar as alternativas corretas apenas pela audição, mas me surpreendi. Ele não só compreendeu bem e marcou muitas alternativas corretas, como também foi aprovado para o curso de Direito pela UERN. Aquele garoto me deu uma lição e tanto.


11. O governo incluiu a LÍNGUA ESPANHOLA ao currículo, você acredita que isso seja uma boa, pois os alunos terão mais opções, ou deveríamos primeiro melhorar a qualidade do ensino de LÍNGUA INGLESA para depois pensarmos em outras LÍNGUAS ESTRANGEIRAS?


Creio que a inclusão do ensino de Espanhol não atinge negativamente o de Inglês. No entanto, acho que a maneira como ambas as disciplinas são vistas deve sim ser melhorada. Os planejamentos pedagógicos deveriam incentivar as práticas linguísticas na escola com o propósito de capacitar os alunos para uma COMPREENSÃO mais ampla da língua, talvez, até no tocante ao desenvolvimento das quatro habilidades.


12.         Ensinar e testar, duas coisas completamente diferentes e que podem ser difíceis de lidar. Muitos alunos, às vezes, não sabem se estão sendo ENSINADOS ou apenas TESTADOS. Em sua opinião, como seria uma boa avaliação?


Eu acho que a avaliação é algo que deve ter o propósito de observar não quanto o aluno aprendeu, mas o que ele aprendeu. O obstáculo que existe é que as escolas de idiomas em si trabalham com o nivelamento, ou seja, o que o aluno já deve saber antes de ingressar no nível seguinte. Na prática, observamos que por vezes o aluno adquiriu aquele conhecimento momentâneo apenas para a avaliação, mas no nível seguinte ainda demonstra dificuldade naquele tópico. Aprender uma língua não é como ser aprovado no Ensino Médio, porém é difícil fazer nossos alunos refletirem não se tiraram a nota mínima para aprovação, mas sim se dominam aquilo que viram. Talvez uma boa avaliação não se baseie em números, mas sim em COMPETÊNCIAS, para mostrar a eles do que são capazes até então. Acrescento que se fosse possível abolir os períodos de avaliação por um método contínuo, com feedbacks que direcionassem o aluno para suas dificuldades apresentadas. No entanto, sei que isso aumentaria a carga de trabalho do já atarefado professor, mas talvez os resultados fossem mais positivos.

13. Qual mensagem deixaria para os estudantes de LÍNGUA INGLESA.

Sejam curiosos e sem-vergonhas! A língua que vocês decidiram aprender está por toda parte, cada leitura, filme, música ou jogo é uma oportunidade de você encontrar um vocábulo que será memorizado a partir daquela situação. Não se contentem com um significado dado pronto, busquem outras fontes, traduzam, comparem, sejam curiosos. Outro conselho: NÃO TENHAM VERGONHA! Cada diálogo é uma oportunidade impar de praticar a língua, não se acanhem em abordar aquele estrangeiro para tentar iniciar um diálogo, essa experiência vai lhe valer muito. Aprender algo complexo como uma língua é um desafio, depende muito de esforço próprio, pois sou muito grato a todos os professores que tive, mas boa parte da estrada apontada por eles teve de ser trilhada com meus próprios passos. E acreditem, caros estudantes como eu, por mais longo que este caminho seja, não há como negar suas recompensas.

Thanks, you guys! See you around...

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sexta-feira, 6 de abril de 2012

[JOKE] Give me my money

Give me my money



Late one night, a mugger wearing a ski mask jumped into the path of a well-dressed man and stuck a gun in his ribs. "Give me your money," he demanded.

Indignant, the affluent man replied, "You can't do this - I'm a politician!'

"In that case,' replied the robber, "give me my money!'


Vocabulary Help
  • affluent - importante, bem de vida
  • demand - exigir
  • give me my money - me dê o meu dinheiro
  • jump - pular
  • late one night - tarde da noite
  • mugger - assaltante
  • path - caminho
  • rib - costela
  • robber - ladrão
  • ski mask - máscara de ski
  • stick (stick, stuck, stuck)- meter, espetar
  • wear (wear, wore, worn) - usar
  • well-dressed - bem vestido