Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Bolsistas no exterior não falam inglês porque ninguém fala inglês



Está todo mundo comentando sobre a falta de inglês dos bolsistas do Ciência sem Fronteiras, programa federal que tem o objetivo de enviar 101.000 estudantes brasileiros ao exterior até o próximo ano.

De acordo com uma matéria da Folha que saiu neste domingo, há um número considerável de bolsistas que corre o risco de ter de voltar ao Brasil sem ter feito o curso pretendido porque não conseguiu proficiência na língua.

Isso acontece principalmente com os bolsistas que estavam em Portugal e Espanha e foram realocados para países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Eles correspondem a 15% do total de bolsistas.

Portugal, que nem tem universidades boas como as nossas, era o preferido dos bolsistas. Foi excluído da lista de países que receberiam estudantes no programa de internacionalização.

Dos bolsistas realocados que estão nos EUA, o pais que mais recebe estudantes, 43% correm risco de não conseguir aceite acadêmico por falta de inglês. Preocupante.

Por que os bolsistas não falam inglês?

Simples: porque no Brasil não há inglês no ensino universitário.
Não temos aulas em inglês, não lemos em inglês, não escrevemos artigos acadêmicos em inglês.

Por essas e por outras, nossas universidades são tão pouco internacionalizadas.
Em números otimistas, 0,5% dos nossos estudantes vieram de outros países (e não necessariamente de países de língua inglesa).

A ideia do Ciência sem Fronteiras é boa. É preciso internacionalizar o ensino superior, fazer intercâmbio, trocar conhecimento.

Mas, antes da política, nossos estudantes precisariam ter pelo menos um mínimo contato com a língua.

Leia no original aqui




Nenhum comentário: