Está todo mundo
comentando sobre a falta de inglês dos bolsistas do Ciência
sem Fronteiras, programa federal que tem o objetivo de enviar 101.000
estudantes brasileiros ao exterior até o próximo ano.
De acordo com uma matéria da Folha que saiu neste domingo, há um número
considerável de bolsistas que corre o risco de ter de voltar ao Brasil sem ter
feito o curso pretendido porque não conseguiu proficiência na língua.
Isso acontece
principalmente com os bolsistas que estavam em Portugal e Espanha e foram
realocados para países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Eles correspondem
a 15% do total de bolsistas.
Portugal, que nem
tem universidades boas como as nossas, era o preferido dos bolsistas. Foi
excluído da lista de países que receberiam estudantes no programa de
internacionalização.
Dos bolsistas
realocados que estão nos EUA, o pais que mais recebe estudantes, 43% correm
risco de não conseguir aceite acadêmico por falta de inglês. Preocupante.
Por que os bolsistas não falam inglês?
Simples: porque no
Brasil não há inglês no ensino universitário.
Não temos aulas em
inglês, não lemos em inglês, não escrevemos artigos acadêmicos em inglês.
Por essas e por
outras, nossas universidades são tão pouco internacionalizadas.
Em números
otimistas, 0,5% dos nossos estudantes vieram de outros países (e não
necessariamente de países de língua inglesa).
A ideia do Ciência sem
Fronteiras é boa. É preciso internacionalizar o ensino superior, fazer
intercâmbio, trocar conhecimento.
Mas, antes da
política, nossos estudantes precisariam ter pelo menos um mínimo contato com a
língua.
Leia no original aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário