A entrevista de hoje é com o professor Adir Ferreira. O mesmo fala um
pouco dos planos para o futuro profissional e divide conosco, um pouco da sua experiência
de professor de Idiomas. Para saber mais sobre Adir, visite seu site clicando >>AQUI<<.
Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica e
profissional?
Terminei o curso de Letras em 1996, a UniFafibe, em Bebedouro (SP). Na
época já lecionava inglês há 4 anos (comecei com 17). Fiz os testes de
Cambridge e depois lecionei em institutos de idiomas, escolas regulares
(particulares e públicas) e aulas particulares. Em 2008 fiz um curso de
aperfeiçoamento na PUC-COGEAE e há 4 anos cuido da parte de mídia social e dos
cursos online de inglês, francês, espanhol e português da empresa americana
Transparent Language, além de dar treinamento pedagógico e workshops para
professores de inglês. Também tenho uma loja online de e-books em parceria com
o site English Experts.
Quando e como decidiu
ser professor e Por que escolheu lecionar inglês?
Comecei a estudar inglês por conta própria aos 11 anos de idade. Fiz 2
anos de cursos numa escola de inglês e um amigo me indicou para uma entrevista
numa escola que acabara de ser aberta aqui em Bebedouro. Terminei o ensino
médio, fiz o vestibular e fui estudando e trabalhando ao mesmo tempo.
Quais os maiores desafios para alguém que deseja ser
professor de inglês na região onde você mora?
Por ser afastado dos grandes centros, onde há mais possibilidades de
treinamento e cursos, o professor pode ficar estagnado e desmotivado, fazendo
sempre a mesma coisa todos os dias. Vejo também que o nível linguístico de
vários professores não é suficiente para níveis mais avançados, o que, em minha
opinião, é bem preocupante.
Quais os planos para o futuro em relação à vida profissional?
Pretendo ter a qualificação DELTA nos próximos anos e especializar-me
em usar tecnologia na educação.
Qual a importância de aprender uma língua estrangeira hoje em
dia?
Usando um clichê bem comum hoje em dia, “passou de ser uma vantagem
para ser uma obrigação”, e isso é verdade. Na maioria das áreas, o inglês
fluente é imprescindível para a carreira. O “embromation” já não tem mais lugar.
Como é o Adir
Ferreira em sala de aula? É difícil ser professor ou você leva numa boa?
O Adir professor é um cara muito rígido e exigente quando se trata de
ser excelente no que se faz. Não confundir rígido com sisudo ou mal humorado,
ao contrário, levo a aula na boa e divido a responsabilidade do aprendizado com
o aluno: eu oriento, compartilho e o trabalho duro é ele quem tem que fazer.
Não se aprende a nadar fora da piscina, não é?
Como você
avalia o ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil? É satisfatório?
Não é satisfatório ainda e eu me pergunto a razão disso. Como disse
Jack Scholes numa palestra no Braz-TESOL este ano: “You Brazilian teachers are too nice”. Acho que concentramos a
responsabilidade do aprendizado muito na escola e no professor e não ensinamos
(no geral) o aluno a estudar e ser independente, procurar informações por si
próprio e falta-nos promover essa autonomia.
Conte alguma
situação inusitada vivida em sala de aula.
No começo da minha carreira eu trabalhava numa escola que funcionava
numa casa muito velha e lá aconteceram duas coisas. Uma vez a luminária caiu em
cima da minha mesa; a aluna machucou a cabeça e comigo não aconteceu nada. Na
mesma escola eu tinha uma aluna, uma senhora, epilética, e ninguém sabia. Ela
tinha ataques quando estava sob pressão e durante uma prova ela passou mal e
ninguém soube o que fazer. Por sorte, os ataques dela não eram muito fortes e
só tivemos que dar água para ela. Trabalhando com alunos menores também não é
fácil, pois eles choram, passam mal, vomitam, fazem xixi na roupa, esse tipo de
coisa.
Qual
mensagem você deixaria para as pessoas que estudam ou ensinam a língua inglesa?
Pensa o seguinte: “Se
alguém já conseguiu fazer, eu também consigo”, independente do quão adversa
seja sua situação. Keep up the good work!