Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Entrevista com Sílvio Branco: Um ex-professor de Língua Inglesa.




A entrevista dessa semana é com um ex-professor de inglês que se tornou professor de hebraico e vive fora do Brasil.  Sílvio Branco nos cedeu essa entrevista no dia 21 de maio de 2013. É uma entrevista bem curtinha, mas legal. O mesmo não cedeu nenhuma foto, mas ilustraremos na página com essa imagem, que a credito eu, melhor representa essa postagem.








1. Quando você começou a lecionar inglês?

Comecei a lecionar inglês bem cedo em 1987, aos 17 anos, dando aulas particulares. Aos 19, fui convidado a lecionar em uma escola de inglês onde posteriormente me tornei um dos donos.


2. Conte-nos um pouco da sua experiência como professor.

Já lecionei todos os grupos e níveis, inclusive em cursos de preparação para as provas da Cambridge. Mas a minha paixão sempre foi lecionar crianças - tudo é muito mágico, inclusive a metodologia.


Em Israel, o "bulk" da minha experiência foi preparar alunos para entrarem na universidade, preparando-os para os exames de inglês, aqui chamados de "Bagrut". Estes exames são bem parecidos com os da Cambridge (também nos níveis) onde os alunos são testados nas 4 habilidades: Reading, Speaking, Listening e Writing.


3. Como é a vida fora do lugar onde nasceu e quais as mudanças mais significativas na vida de alguém que decide viver em outro país completamente diferente do seu?

Bem, já estou aqui há 16 anos. Passei a grande parte de minha vida adulta aqui em Israel. No meu caso, a mudança mais significativa foi o idioma hebraico, que é muito diferente das línguas românticas.
No mais, o povo israelense é bem parecido com o brasileiro (claro que o "calor" humano brasileiro é incomparável :-) - são hospitaleiros, alegres e sabem curtir a vida.


4. Quando começou o interesse pelo hebraico (Língua)?

Eu comecei a estudar hebraico um ano antes de vir para Israel. Infelizmente devido a dificuldade de encontrar um curso ou professor, só sabia o básico do básico. Chegando aqui comecei o "ulpan" (escola de hebraico), o que me deu a possibilidade de me comunicar no idioma. Porém, devido ao fato de a grande maioria dos israelenses falarem bem inglês, por vários anos "caí na preguiça" de realmente falar o hebraico de forma fluente. Também por lecionar inglês, não tinha tanta oportunidade de praticar, a não ser, claro, em "small talks".


Meu hebraico começou a melhorar e muito, principalmente na escrita, quando comecei universidade, fazendo mestrado em "Special Education".

5. Existem muitas diferenças significativas entre essa língua e a língua inglesa, por exemplo?

Sim, as diferenças são significativas entre os dois idiomas. Por exemplo, assim como no português, no hebraico existe as diferenças marcantes entre o feminino e masculino; me refiro no adjetivos, substantivos, etc. O hebraico, porém, vai um passo além nesta diferenciação onde até mesmo a conjugação verbal é diferente entre o masculino e feminino. Todos os números em hebraico também são diferentes para os dois gêneros.

6. Pensa em voltar a viver no Brasil?

Sim, penso em voltar, se não definitivamente, pelo menos para passar alguns anos na "terrinha". Estando aqui, morro de saudades daí - mas sei que estar aí também sentiria muita saudades daqui..rsrsrs...acredito que é uma situação inevitável.


7. Conte-nos alguma situação inusitada vivida dentro da sala de aula.

São tantas em tantos anos... Mas acredito que uma das mais engraçadas foi na minha primeira turma aqui em Israel. Comecei em uma escola primária, escola religiosa. Na época e não falava ou entendia quase nada em hebraico. Um dos alunos me pediu para sair da sala. Eu confundi a palavra em hebraico para "ir ao banheiro" com "rezar". O deixei ir (afinal de contas, pensei, é uma escola religiosa). Depois veio o segundo aluno pedindo a mesma coisa, depois o terceiro, até que resolvi falar não, chega. Depois de várias "súplicas" de um aluno, entendi (por gestos que ele fazia) que o que ele queria é fazer xixi... bem, naquele dia aprendi uma palavra nova em hebraico.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Entrevista com Anderson Maia





01 – Poderia fazer um breve resumo da sua vida profissional e nos contar como se tornou professor de Língua Inglesa?

Iniciei a vida de professor de inglês quando ainda era aluno. Gostava de "dar aulas" para alunos de níveis mais básicos e sempre tinha alguém pra ajudar. Ao final dos 16 anos, entrei no curso de Letras-Inglês da Universidade Federal do Pará (UFPA) e aos 18 comecei a dar aula profissionalmente no Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), onde hoje sou gerente pedagógico. No CCBEU fiz muitos treinamentos, dos mais curtos aos mais longos. Aos 22 anos passei no concurso para professor substituto do curso de Letras na UFPA. Aos 23, fiz uma seleção para professor internacional em escolas públicas na Carolina do Norte (EUA), para onde me mudei e trabalhei no ensino fundamental por alguns anos. Durante esse período, fiz o mestrado em TESOL (Greensboro College) e retornei ao Brasil aos 25, quando novamente me tornei professor substituto da UFPA. No mesmo ano, assumi a direção do ensino no CCBEU. Hoje continuo como gerente pedagógico e dou aula de Letras em uma faculdade particular local. Também iniciei o doutorado em Ensino de Inglês na Indiana University of Pennsylvania (EUA), onde venho por alguns meses todos os anos para estudar.

02 – Como aprendeu inglês? Usou algum método especifico? Qual a sua opinião em relação ao ensino de línguas estrangerias no Brasil?

Somos eternos aprendizes do idioma. Mas iniciei essa caminhada de aprendiz em cursos de línguas aos 10 anos. Não utilizei método específico, mas hoje entendo que a leitura em inglês é uma das melhores maneiras de se aprender o idioma por várias razões: comprehensible input, scaffolding, authentic language, motivation (ler o que gosta), etc.

Em relação ao ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil, estamos numa era da corrida contra o tempo e das soluções rápidas e fáceis. Aprender outra língua não é algo que se compra em 12 parcelas de R$300. Nem algo que se adquire com um intercâmbio de 1 mês. Penso que muitos cursos de inglês estão ganhando dinheiro com a falta de orientação das pessoas. Essa é minha visão global. Há, obviamente, muitas escolas sérias com bons materiais.



03 – Como professor substituto você teve uma visão de como funciona o ensino superior, qual sua impressão sobre o curso de Letras? É um ensino satisfatório ou precisa melhorar muito ainda?

Hoje o curso de Letras está cada vez mais dinâmico pelas constantes mudanças nos contextos sócio-político-educacionais e os recursos didáticos que vivem surgindo. Concluí o curso em 2005 e hoje a grade é completamente diferente do que era onde estudei. Para responder a pergunta sobre se o ensino precisa melhorar: sim, sempre.

Porém o foco que gostaria de colocar agora é no aluno de Letras. Todos reclamamos da desvalorização do professor, da atuação de não-professores na sala de aula, da superficialidade das discussões na área (especialmente em congressos e eventos) e dos baixos salários. Mas, sinto que se tivéssemos profissionais mais engajados, mais preocupados com o seu conhecimento e seu desempenho em sala de aula e com a luta pela valorização, a realidade seria bem diferente. O que quero dizer é que o próprio profissional é parte da razão pela qual outros desvalorizam a área de Letras.

Desde a faculdade, vejo alunos que não leem; não buscam fazer mais do que lhe é exigido em sala (quando fazem), realizam trabalhos com o menor esforço possível. Obviamente há ótimos alunos, mas minha leitura do aluno de Letras de forma geral é de um aluno que não se prepara para ser um profissional de excelência.
O que o curso de Letras faz é oferecer o ensino. A aprendizagem é resultado de um processo que depende do aluno.
        
04 – Quais são as maiores dificuldades no ensino de inglês na região onde você atua?

Como a pergunta foi “dificuldades no ensino de inglês”, vou colocar o olhar sobre os profissionais de área. Dentre as maiores dificuldades está a falta de bons professores. O que se define por bom professor é complexo na educação, mas dentro do contexto do norte do Brasil, entendo que a maior necessidade é de professores que falem bem inglês e tenham competência pedagógica.

E aí os gestores educacionais dizem “você precisa treina-los, investir para que eles atinjam a competência necessária”. Neste momento vem a segunda maior dificuldade: falta de profissionais comprometidos. Há os que procuram melhorar, mas há os que não têm o mesmo compromisso.



05 – Você resolveu estudar fora do país, por que não fazer uma pós-graduação no Brasil? Quais as vantagens e desvantagens de estudar uma pós fora? Todos dizem que o processo de revalidação do mestrado ou doutorado é difícil, o que você tem a dizer sobre isso?

Vamos por parte (risos). Estudar fora do país foi uma complementação para minha formação profissional. Ou seja, eu tive (e tenho constantemente) a chance de aprender sobre ensino de inglês dentro do Brasil. Buscar um mestrado e um doutorado na área fora do Brasil foi uma forma de ampliar minha visão sobre o que é ensinar/aprender outra língua. A perspectiva americana é bem mais multicultural e multilíngue do que a perspectiva brasileira sobre TESOL. Isto me ajudou a ver a área e contribuir para a mesma de maneira mais ampla. Além disto, obviamente a experiência cultural e acadêmica adicionam; me tornam um melhor profissional no Brasil pelo inglês que se desenvolve e o conhecimento cultural.

Sobre o processo de revalidação, realmente é bastante longo e – dependendo da instituição que revalida – bem caro, também. Passei por ele após concluir o mestrado nos EUA. Para mim, valeu a pena estudar fora por aprender métodos e fazer parte de discussões que não teria nos programas no Brasil, além de toda a experiência cultural. Por isto, decidi fazer o doutorado também. Penso que, se há a oportunidade de estudar fora em uma boa instituição, não podemos deixar que a burocracia do processo de revalidação no Brasil nos impeça de buscar outros horizontes. Minha palavra para aqueles que estão na dúvida é: a experiência vale a pena. É apenas importante que se informe e saiba como funciona o processo de revalidação para que possa haver preparação para ele.



06 - Já viveu alguma situação bastante inusitada em sala de aula? Poderia compartilhar conosco?

Sim! (risos). Todos nós temos histórias de sala de aula para contar. Em 2005 aconteceu de minha mãe decidir estudar no curso onde eu ensinava. Fez teste de nivelamento e por coincidência acabou sendo matriculada em uma turma minha de um curso intensivo, onde as aulas eram todos os dias. Eu tinha 20 anos e fiquei super constrangido de corrigi-la ou que os outros soubessem que ela era minha mãe. Chamava pelo primeiro nome e isso soava estranho. Uma vez que a chamei de “mom” na sala. Todos riram e eu tive que contar (risos).

07 - Quais os planos para a vida profissional?

Em curto prazo, tenho o objetivo de concluir o doutorado e, no trabalho, implementar os projetos acadêmicos que temos preparado com a equipe no CCBEU. Em médio prazo, gostaria de publicar mais e contribuir para a expansão acadêmica e profissional em TESOL no Brasil. Em longo prazo, penso em publicar um livro e trabalhar com pesquisa em linguística aplicada.  

08 - Como é o seu relacionamento com os outros colegas de profissão, costuma participar de encontros, congressos, workshops etc. com outros professores?

É um relacionamento muito saudável com risos e experiências compartilhadas. Somos amigos e colegas. Ou seja, estou sempre trabalhando com pessoas dentro e fora de Belém (e do Brasil) em projetos e trabalhos relacionados à área. Em Belém, ampliei os contatos profissionais quando fui presidente do Braz TESOL Chapter Belém. Hoje estou como vice-presidente e continuo o trabalho com a equipe. (Inter)nacionalmente, sempre encontro amigos e colegas em congressos, encontros, quando viajo. Mesmo em momentos sociais, sempre aprendo com eles e gosto de compartilhar as experiências da profissão. Quando um projeto termina, já estou conversando com os colegas para iniciar outro. A área se faz com colaboração. Ninguém é feliz sozinho (risos).



09 – Ensinar é uma tarefa árdua, continua e que exige um alto grau de compromisso. Já pensou em desistir da profissão e fazer algo completamente diferente? O que você não faria na sua vida profissional, caso pudesse voltar no tempo? 

Por várias vezes pensei em deixar a carreira de Letras. Cheguei a cursar Direito por um tempo, cogitei alguns concursos públicos locais, mas sempre houve alguma força maior que me envolvia mais e mais na área de ensino de inglês. No momento em que eu decidi sair da área e cursar Direito, fui aceito como professor nos EUA. Quando retornei e decidir voltar a fazer Direito, fui convidado pra direção do ensino no CCBEU. Cheguei a continuar o curso de Direito após estar na função, mas acabei imergindo totalmente na carreira e hoje não penso mais em sair.

Hoje olho para trás e percebo que tudo ocorreu como tinha que ocorrer. Não me arrependo nem dos erros. Todos me ajudaram a ser quem sou hoje. Sou apenas grato a Deus por tantas bênçãos. Lembro de tantas vezes pensar que ser professor de Letras não tem retorno financeiro nem grandes realizações na profissão. Hoje discordo totalmente deste pensamento. Quando se faz bem e com amor, tudo mais vira consequência.

10 – Qual foi o grande momento da sua vida profissional até o momento?

Acho que o grande momento da minha vida profissional está acontecendo agora. Espero ter experiências e oportunidades ainda melhores no futuro, mas neste exato momento me sinto no ápice. Houve altos e baixos, com certeza. Quando retornei para o Brasil após ter trabalhado nos EUA, estava sem emprego e sem dinheiro, pois tive muitas despesas quando retornei. Então, me senti como se estivesse retomando a vida do zero, mas em questão de meses as oportunidades foram surgindo novamente.

11 – Como é Anderson Maia professor e como foi esse mesmo Anderson aluno?

Os dois têm pontos fortes e fracos em comum. Como pontos fortes, o Anderson aluno e o Anderson professor são muito persistentes e esforçados. Quando inicio algo, procuro terminar e fazer da melhor forma possível. Como aluno, estudava inglês o tempo todo, procurava praticar com quem falava melhor e juntei dinheiro dando aula para poder ir pela primeira vez aos EUA. Como professor, sempre procurei dar boas aulas e me preparar para estar em sala; meus alunos merecem o melhor.

Como pontos fracos, os dois são ansiosos e impacientes. Quando tenho algo por acontecer, fico preocupado, procurando adiantar o que puder, e “encho” meus amigos com dúvidas e receios.

12 - Você gostaria de deixar alguma mensagem para os leitores desse blog?

Sim. Gostaria de incentivar a todos que busquem sempre mais. Nossos sonhos e aspirações podem se tornar realidade quando lutamos e priorizamos nossos objetivos. Todos podem. Todos são capazes. Não à acomodação e à mediocridade. Estas são o suicídio profissional. A vitória está dentro de nós quando colocamos nas mãos de Deus e procuramos os meios.





sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ten sites to spend some quality time online: Part I.



Many people spend their entire day online. Actually, it seems to be the norm nowadays. If you want to feel part of the gang, you should keep your gadgets all the time connected. Doing that, you will be able to check what your ‘friends’ are doing, eating, dating etc.

Having said all that above, I decided to suggest you folks other ways of spending some quality time on the internet.

I will be quite direct though. Just read the brief comments about each site and check them if you like it.

Are you tired of doing the same things? Why don’t you learn a thing or two here?

Taking into account that I am not being paid to write this list, I’d like to inform you all that I won’t be providing you all with plenty of details about each site. If you want to learn more about them, please check by yourselves. I have spent way too much time writing this one. Please, feel free to suggest more sites if you like it.   

1 - For video lectures on just about any subject, go to this Khan Academy and learn almost anything with those videos:


2 – I bet you guys have heard about TED. Well, it’s not a secret that the internet has made things pretty easier to those who want to learn a lot of things online. If you are one of those guys who love learning (In short-talk form) by seeing and listening, welcome to TED:


3 –ACADEMIC EARTH was launched on the premise that everyone deserves access to a world-class education.” How about classroom lectures? Well, the world has changed dramatically over the last decades. Why don’t you have a go in this collection of free online college courses from the world’s top universities?


4 – I particularly loved this idea of learning and helping. I myself have visited this website so many times! On FREERICE.COM you may expand your vocabulary while feeding the hungry:


5 – Do you love movies, TV series and videos? Well, I do! Before watching any movie or TV series, I always read Rotten Tomatoes. It’s pretty easy to use. You may login with Facebook to share your reviews with friends, create a want-to-see list, and more! Some of my students read and comment on Rotten Tomatoes. They’ve told me it has helped them improve their writing and reading skills. Check it out:


6 – How often do you read books? Do you have a favorite writer? What’s your favorite genre? If you like literature, you’ll most certainly enjoy this one: GoodReads. You will be able to see which books your friends are reading; track the books you are reading, have read, and want to read; check out your personalized book recommendations; find out if a book is a good fit for you from our community’s reviews…


7 – If you don’t want to interact in another language, this   Brazilian version will suit you well:


8 – I don’t have to talk about LinkedIn. This one if for those who know the importance of networking.


9 – Now, we’re talking! Quora is my favorite social networking site. Among many things, you can interact, learn, teach and the best thing of them all, everything is in English (ONLY). Check it out, won’t you? And why am I celebrating the fact that everything is English? Well, have you checked Facebook lately? Do it and you will understand what I’m talking about.


10 – Coursera, a for-profit educational technology company founded by computer science professors Andrew Ng and Daphne Koller from Stanford University that offers massive open online courses (MOOCs). Coursera works with universities to make some of their courses available online, and offers courses in physics, engineering, humanities, medicine, biology, social sciences, mathematics, business, computer science, and other subjects:


This entry has been written by BRUNO CORIOLANO. To learn more about him, please check his resume here: [LINK]


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