A linguística
cognitiva abarca os linguistas adeptos de uma abordagem do estudo da língua que
se baseia na percepção e conceitualização humana do mundo. No século XX, a
abordagem mais influente no estudo da linguagem foi o estruturalismo: os linguistas
se interessaram muito pelos aspectos meramente estruturais dos próprios
sistemas linguísticos, tais como o sistema de sons e o sistema da gramática.
Uma característica central do estruturalismo é que ele focaliza a estrutura
interna da língua, e não o modo como a língua se relaciona com o mundo não-linguístico.
Nem a língua é vista como um sistema autônomo (como no estruturalismo), nem a
faculdade da linguagem é vista como uma faculdade autônoma (como na abordagem
da Gramática Gerativa).
Alguns dos principais
linguistas dessa corrente são George Lakoff, Ronald Langacker, Leonard Talmy e
Gilles Fauconnier.
A linguística cognitiva
é uma abordagem interacional de vertente sociocognitiva da linguagem, isto é,
estuda as relações e interações entre os indivíduos por meio de atividades linguísticas.
Segundo essa nova tendência, parte-se do pressuposto de que a língua não é
meramente um instrumento de representação do mundo, pois há uma dinâmica
relação entre a linguagem, o mundo e os sentidos que emergem dessa relação.
Para os adeptos desta nova teoria, os “objetos” do mundo não espelham
objetivamente a realidade das coisas, pois o signo linguístico não é imutável.
Há que se considerar os contextos de produção e de recepção, os aspectos
discursivos, interacionais, sócio cognitivos e históricos da linguagem. Dessa
forma, os objetos por meio dos quais os sujeitos compreendem o mundo são
elaborados nas práticas discursivas situadas, ou seja, em contextos de
interação linguística.
Alguns dos principais
estudiosos dessa vertente: MONDADA, L.; DUBOIS, D.; KOCH, I. V. G.; MARCUSCHI,
L. A.; SCHWARZ, M. F.
Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre. (LINK)
In English:
Cognitive linguistics (CL) refers to the branch of
linguistics that interprets language in terms of the concepts, sometimes
universal, sometimes specific to a particular tongue, which underlie its forms.
It is thus closely associated with semantics but is distinct from
psycholinguistics, which draws upon empirical findings from cognitive
psychology in order to explain the mental processes that underlie the
acquisition, storage, production and understanding of speech and writing.
Cognitive linguistics is characterized by adherence to
three central positions. First, it denies that there is an autonomous
linguistic faculty in the mind; second, it understands grammar in terms of conceptualization;
and third, it claims that knowledge of language arises out of language use.
Cognitive linguists deny that the mind has any module
for language-acquisition that is unique and autonomous. This stands in contrast
to the stance adopted in the field of generative grammar. Although cognitive
linguists do not necessarily deny that part of the human linguistic ability is
innate, they deny that it is separate from the rest of cognition. They thus
reject a body of opinion in cognitive science suggesting that there is evidence
for the modularity of language. They argue that knowledge of linguistic
phenomena — i.e., phonemes, morphemes, and syntax — is essentially conceptual
in nature. However, they assert that the storage and retrieval of linguistic
data is not significantly different from the storage and retrieval of other
knowledge, and that use of language in understanding employs similar cognitive
abilities to those used in other non-linguistic tasks.
Departing from the tradition of truth-conditional
semantics, cognitive linguists view meaning in terms of conceptualization.
Instead of viewing meaning in terms of models of the world, they view it in
terms of mental spaces.
Finally, cognitive linguistics argues that language is
both embodied and situated in a specific environment. This can be considered a
moderate offshoot of the Sapir–Whorf hypothesis, in that language and cognition
mutually influence one another, and are both embedded in the experiences and
environments of its users.
From Wikipedia, the free encyclopedia. (LINK)
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