Blog criado porBruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.
"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"
CouchSurfing International
Inc. is a corporation based in San Francisco that offers its users hospitality
exchange and social networking services.
Couchsurfing is a
neologism referring to the practice of moving from one friend's house to
another, sleeping in whatever spare space is available, floor or couch,
generally staying a few days before moving on to the next house.
In this
activity members split up into pairs or small groups. One person looks at a
scene from a magazine or book (the leader should cut out enough pictures, or
bring in enough magazines for the club). The other person has a pencil and a
blank piece of paper. The person with the picture will try to describe
everything he sees to the drawer. This is good practice for using prepositions
of place. When the describer is finished, compare the drawings to the real
thing! Whose is the closest to the original?
“I knew that I had
come face to face with some one whose mere personality was so fascinating that,
if I allowed it to do so, it would absorb my whole nature, my whole soul, my
very art itself.”
Young black woman (Standard British/London accent):
I will definitely be spending the Brixton Pound!
Young black man (African accent):
Yes, for the first time, Brixton is going to have
its own currency.
Young Sikh man (Standard British
accent):
It’s a good idea.
White woman (Standard British
accent):
Yes, I have heard about the Brixton Pound.
Tim Nichols (Standard American
accent):
The Brixton Pound works like this: somebody will
go into an issuing point, they will exchange pounds sterling for Brixton
Pounds, they will then take those Brixton Pounds to a local shop, or to any
place that they can find that’s a local independent supplier that accepts the
Brixton Pounds, and use that money to pay for their goods, their services.
Rosie Lovell (Standard British
accent):
I’d really like to use the Brixton Pound because I
think that it’s really important to invest in your own community.
Blacker Dread (West Indian accent):
And we’ll accept it, as part and parcel of the
day-to-day spending and the usage of money.
Tim Nichols:
This is the first local currency in an urban
setting. The goal is to create a… as liquid an economy… a local economy as
possible. Currently, we have about 55 businesses on board. Businesses can give
it as change, they can give it to their employees, if they wanted to pay them
part of their wages, pay some of their local suppliers, if they do source
things locally, or if they get services like plumbing from one of the local
suppliers. If they need to, they can go back to an issuing point and exchange
it back for pounds sterling.
Rosie Lovell:
Having a Brixton Pound, it could really encourage
people that live locally to spend their money locally, and the more good
businesses that are independent that we have, in a community, the happier it
is.
Blacker Dread:
A lot of people earn good money and then they take
it to the West End and it never circulates and comes back to Brixton.
Tim Nichols:
If you go and spend 10 pounds sterling at a… at a
company like Tescos, only about 10 per cent of any money that you spend in
there is going to stay within the community. The reason that we want the money
to stay within Brixton is to help preserve local jobs, help strengthen the
local economy. The more diverse that a High Street is, with local businesses,
the more resilient we are, as of escaping corporate supply chains, or
international supply chains.
Rosie Lovell:
It’s really important to me that people that live
in the area are putting back into the area.
Blacker Dread:
It’s changing Brixton from being infamous to
famous.
1.Poderia fazer um breve resumo de sua vida
acadêmica e profissional?
Muitos com certeza estranharão, minha formação
acadêmica é Administração de Empresas, e também exerço esta profissão. Meu
projeto é em 2013 começar a minha segunda graduação, em Letras.
2.Quando e como decidiu ser
professor e Por que escolheu lecionar inglês?
Bom, sempre gostei da língua inglesa, não sei ao certo dizer quando
este gosto começou. Talvez influênciado pelas músicas tocadas nos radios, pelos
jogos de vídeo game, pelos filmes. Quando adolescente, eu “fazia” um curso de
inglês, não era um aluno exemplar, fazia os homeworks
5 minutos antes de começar a aula. Estudei por dois anos e depois parei.
Depois de um bom tempo (10 anos) voltei a estudar, mas desta vez com muito mais
empenho e dedicação. Um tempo depois de criar o blog, minha esposa que é
Pedagoga, me incentivou a procurar escolas de inglês para dar aula. E como eu
gosto muito de ajudar as pessoas, acabei me tornando professor de inglês.
3.Por que você resolveu criar seu
blog? De onde veio a ideia?
Após terminar o curso regular de
inglês, continuei estudando por conta (alias, durante o curso eu estudava por
conta também, lendo muitos livros em inglês, ouvindo vários podcasts, vendo
filmes e seriados, tentando ficar em contato com o idioma o máximo possível). O
blog foi uma junção de coisas que gosto, tecnologia e inglês. Como eu disse na
pergunta anterior, eu gosto muito de ajudar as pessoas, e pensei que criando um
blog poderia ajudar muita gente, e também o blog surgiu como “combustivel” para
meus estudos, pois, tenho que pesquisar e aprender ainda mais, para não
escrever nenhuma besteira. Junto com o blog veio a decisão de prestar o CAE,
então o blog serve também como uma preparação para o exame. Estudo para o
exame, e aproveito o resultado deste estudo para escrever.
4.Quais os maiores desafios para alguém que deseja ser professor de
inglês na região onde você mora?
Acredito que o maior desafio é encontrar formação de qualidade para
exercer a profissão. A questão financeira também é algo que acaba sendo um
grande desafio, pois, o ensino de inglês não é muito valorizado.
5.Quais os planos para o futuro em relação à vida profissional?
Como eu havia respondido anteriormente, em 2013, pretendo iniciar minha
segunda graduação, em Letras. Também pretendo em 2013, prestar o exame CAE, de
Cambridge. E futuramente, o CPE, TKT, Celta.
6.Qual a importância de aprender uma língua estrangeira hoje em dia?
Aprender é uma atividade que devemos executar até
no nosso último dia de vida. Se há vida, há aprendizagem. Hoje em dia, é mais
do que necessário aprender um segundo, terceiro idioma. O mundo está cada vez
mais interligado, e muitas oportunidades aparecem para quem se comunica em mais
de uma língua. Mas, também existe o enriquecimento culural, intelectual, que
uma pessoa conquista ao aprender um novo idioma.
7.Como é o Danilo Pereira em sala de aula? É difícil ser professor ou
você leva numa boa?
Não gosto de parecer distante, como alguém que está ali só para ganhar
um dinheirinho. Procuro ser sempre amigo dos meus alunos. Procuro mostrar que
me preocupo com o aprendizado de cada um, e tenho auxiliá-los em suas
dificuldades. Confesso que sempre a primeira aula de uma turma nova, que não
conheço os alunos é um pouco dificil, talvez por não conhecer os alunos. Mas
com o passar do tempo, crio um vinculo com eles e acaba tudo bem.
8.Conte alguma situação inusitada vivida em sala de aula.
A situação mais insuitada até hoje foi em uma das minhas primeiras
turmas, no ultimo dia de aula, resolvemos fazer uma festinha com troca de
presentes (bombons) e a aluna que me tirou, além de dar o presente que haviamos
estipulado, me deu um presente muito especial, me lembrando da minha profissão
(vejam a foto com o presente). E o mais marcante foi ela dizer para toda a
classe que no primeiro dia de aula, pensou em desistir, achando que a aula
seria muito chata, porque o professor parecia chato, mas que com o passar do
tempo, ela mudou totalmente a opinião dela, e o presente foi uma forma de
demonstrar o quanto ela tinha gostado de passar aquele semestre estudando
inglês. Para mim, foi uma prova de que fiz uma escolha certa, ser PROFESSOR!
9.Qual mensagem você deixaria para as pessoas que estudam ou ensinam a
língua inglesa?
Para os que estudam inglês: Estudar inglês pode ser fácil e divertido.
Você pode estudar sem perceber, quando estiver tentando decorar a letra da sua
música preferida, quando você estiver “mergulhado” em um mundo novo naquele
livro que você gosta de ler (em inglês) naquele filme que você gosta, naquele
seriado que você não perde um episódio. Em tudo isto, você pode e estará
aprendendo inglês. Não procure os atalhos, você tem uma vida toda para
aprender.
Para os meus amigos de profissão e vocação (sim, ser professor é uma
vocação): Invista no seu inglês, faça treinamentos, leia livros, vá a
conferências. Este investimento lhe trará muitos resultados positivos, tanto
profissionalmente quanto pessoalmente. Faça a diferença na vida de seus alunos,
mesmo que seja na vida de apenas um, mas faça!
This cartoon by Andy Davey fromThe Sun, relates to
the latest scandal involvingPrince Harry,
who was photographed in the nude clutching his privates during a game of
strip pool in Las Vegas. Thephotoshave since gone viral on the internet.
The Queen is on the phone to Harry while reading about
his 'Nude Photos Outrage' in a newspaper. She tells him: "Harry, when
I said send me some pictures of the Las Vegas strip ..."Prince Philipseems to be less concerned by
Harry's antics than his wife.
EXPLANATION The cartoonist plays on the double meaning of the word 'strip'. If youstrip, you take your clothes off
(think striptease!). But astripis also a long street in a city or
town, where there are a lot of stores, restaurants, and hotels. Many of the
largest hotel, casino and resort properties in the world are located on theLas Vegas Strip.
VOCABULARY
Poolis a
form ofbilliards.Strip poolis a party game and a variation of the
traditional game where players remove an item of clothing whenever their
opponent pockets the ball.
Nessas nossas
postagens sobre sotaques da língua inglesa, já estudamos como os ESCOCESES, os IRLANDESESe osCANADENSES pronunciam algumas palavras. Vimos
algumas expressões típicas, e algumas características de alguns falantes da
língua inglesa. Claro que não temos a intensão e determinar uma forma padrão,
pois existem as questões linguísticas. E nem temos embasamento suficiente para
um aprofundamento nessas questões, mas nesse mês, destacamos o sotaque SUL-AFRICANO.
De uma forma geral, o
sotaque de alguns países da África como África do Sul e do Zimbabwe é
caracterizado pela maneira clara como as palavras são pronunciadas, sem abrir
muito a boca. As palavras, nesse sotaque, são separadas com um pouco mais de
clareza do que em alguns outros sotaques já mencionados aqui no blog.
Podemos apontar a
palavra “AFRICA” como o nosso
primeiro exemplo. Essa palavra representa a diferença principal das vogais. O som
de /ae/, como em CAT, muda para
ficar bem semelhante à /é/ da palavra inglesa, BED. Em outras palavras, AFRICA,
é pronunciada como, /éfrika/ e BACK;
como /béck/, já em MAP, temos, /mép/.
Imaginem pronunciar
os sons de todas as palavras nessa frase, trocando o /ae/ por /é/:
He sat
back, totally relaxed, and attacked an apple.
Obviamente,
imaginemos também a mesma frase sendo pronunciada bem separadamente:
He
/ sat / back, / totally / relaxed, / and / attacked / an / apple.
ASSISTAM A ESSA ENTREVISTA COM CHARLIZE THERON:
Apontaremos agora
outra característica desse sotaque: A pronuncia mais curta das vogais
cumpridas, principalmente, /i:/, que vai ficando reduzida para /I/. Portanto, FEET e FIT, EAT e IT, LEAVE e LIVE, SHEET e SHIT, são pronunciadas quase que de forma igual.
Assim temos,
“Is this seat
free? Can I sit here please?”
Pronunciados quase,
ou da mesma forma, com /I/. SEAT /sIt/, SIT /sIt/.
ASSISTAM A ESSA ENTREVISTA COM MERYL STREEP:
E para terminar, temos também o som /au/ que
fica muito parecido com /ai/. Vejamos:
Now = /nai/
Sound = /saind/
Allowed = /alaid/
Town = /tain/
Nesse caso, fica
muito fácil confundir, NICE TRIP com
NOW STRIP.
Fica aqui a dica
desse vídeo do ex-presidente, NELSON MANDELA, talvez o maior símbolo daquele
país. Discurso de Nelson Mandela >> CLIQUE AQUI <<
Gostaríamos de ouvir
o leitor. Qual deveria ser o próximo sotaque: AUSTRALIANOOU BRITÂNICO?
“I
just miss you, in a quite simple desperate human way. Oh my dear, I can’t be
clever and stand-offish with you: I love you too much for that. Too truly.You
have no idea how stand-offish I can be with people I don’t love. I have brought
it to a fine art. But you have broken down my defences. And I don’t really
resent it.”
— Vita Sackville West, from a
letter to Virginia Woolf dated 21 January 1926.
A Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta
segunda-feira, 20, novo edital do programa Ensino de Inglês como Língua
Estrangeira (Teaching of English as a Foreign Language), realizado em parceria
com o Instituto de Educação da Universidade de Londres (IOE).
O programa busca
valorizar o magistério da rede pública e melhorar a qualidade da educação
básica brasileira, capacitando os docentes de língua inglesa, vinculados à rede
pública de educação básica, por meio de sua participação em programa de
aperfeiçoamento em didática da língua inglesa no IOE. As inscrições podem ser
feitas até o dia 28 de setembro.
A iniciativa tem como
objetivo promover a integração e a cooperação educacional, cultural e
científica entre países parceiros, visando a atender às políticas de governo
que têm como foco a qualidade da formação de educadores que atuam na educação
básica; oferecer uma experiência in-loco em história e cultura inglesa para que
isso se torne parte do currículo do ensino de inglês; e estimular parcerias com
professores ingleses visando à interação on line entre os professores dos dois
países.
PROGRAMA ENSINO DE INGLÊS COMO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA
O programa de Ensino de Inglês como Língua
Estrangeira é resultado da parceria entre a Capes e o Instituto de Educação
da Universidade de Londres (IOE) para promover a capacitação de docentes de
Língua Inglesa vinculados à rede pública de Educação Básica.
Com a parceria, a Capes pretende oferecer aos
professores da Educação Básica a oportunidade de aperfeiçoamento profissional
por meio de ações de cooperação internacional, uma estratégia já adotada, com
êxito, na qualificação de docentes e pesquisadores que atuam na pós-graduação
stricto sensu.
OBJETIVOS DO PROGRAMA
·Favorecer
a integração e a cooperação educacional, cultural e científica entre países
parceiros, visando atender às políticas de governo com foco na qualidade da
formação de educadores que atuam na educação básica.
·
·Possibilitar
aos professores uma experiência in-loco em história e cultura inglesa para
que isso se torne parte do currículo do ensino de inglês;
·
·Estimular
o intercâmbio entre professores brasileiros e ingleses.
·
·Valorizar
os profissionais do magistério da educação básica;
·
·Melhorar a
qualidade do ensino na rede pública brasileira.
·
COMO FUNCIONA
Os professores são selecionados por meio de
edital específico para curso de aperfeiçoamento em didática da Língua Inglesa
no Instituto de Educação da Universidade de Londres. Sua ênfase é na produção
de material para o processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa no
Brasil.
Como resultado de sua participação no programa,
os professores deverão elaborar, com a supervisão de professores do Instituto
de Educação da Universidade de Londres, um projeto de trabalho a ser
desenvolvido com seus alunos e/ou professores de inglês de sua instituição de
origem.
BENEFÍCIOS
A Capes financia:
·Auxílio
deslocamento terrestre nacional, quando for o caso, e passagem aérea nacional
e internacional de ida e volta em classe econômica promocional;
·
·Seguro
saúde;
·
·Auxílio
Capacitação para custear as despesas com hospedagem, alimentação e
deslocamento durante o curso na Universidade de Londres;
This cartoon by
Blower from The Daily Telegraph uses the heatwave currently sweeping much of
southern Europe as a metaphor for the Eurozone crisis.
The top panel shows
people enjoying the sun on a beach in the south of England (note the white
cliffs and Union Jack flags). In the lower panel, the sun has been replaced by
the euro sign and the people are fleeing the boiling sea.
The message is clear:
even though Britain is not part of the eurozone, the UK will feel the heat from
the eurozone crisis (i.e., suffer the consequences).
VOCABULARY
A heatwave is a
period of time during which the weather is much hotter than normal.
• Heatwave warnings
were issued for a swath of central and southern France, from Burgundy to the
Pyrenees.
Para formar o passado dos verbos irregulares, acrescenta-se “-ed” à sua forma básica. A pronúncia, porém, frequentemente gera confusão, porque na verdade existem três sons finais diferentes: /Id/, /d/ e /t/. Mas, para identificá-los, temos alguns macetes. A pronúncia dos verbos terminados com /t/ ou /d/ têm o som /Id/, exemplo: needed /ni:dId/, wanted / wantId/. Se um verbo termina com uma vogal ou um som sonoro (ou seja, se você sente a vibração do som na garganta) o som final é /d/: served, opened /aupand/. Para os verbos terminados com um som surdo (sem vibração na garganta), o som final é /t/ como em watched /watʃt/ e worked /w3:kt/.
Vejam esse ótimo vídeo sobre a pronúncia dos verbos no passado em inglês:
Estudos mostram que bilíngues têm vantagens no
aprendizado, estão mais protegidos contra a senilidade e podem até raciocinar
de forma diferente em cada idioma.
Quando era um bebê, minha mãe fez algo que alterou o
modo como meucérebrose desenvolveu. Algo que melhorou
minha capacidade de aprendizagem, de resolver enigmas e de executar múltiplas
tarefas ao mesmo tempo. Um dia, esse ato talvez até proteja meu cérebro da
senilidade. O que foi esse truque? Ela começou a falar comigo em francês.
Novas pesquisas sugerem que falar duaslínguaspode ter efeito profundo no modo como pensamos. O
aprimoramento cognitivo é apenas o primeiro passo. Memórias, valores, até a
personalidade podem mudar, dependendo da língua que estou falando. É quase como
se o cérebro bilíngue abrigasse duas mentes independentes.
A opinião sobre obilinguismonão foi sempre tão positiva. Desde o
século 19 pedagogos alertavam que a prática confundiria as crianças e as
impediria de aprender corretamente uma das línguas ou a outra. Na pior das
hipóteses, essa educação poderia prejudicar o desenvolvimento e reduziria o QI.
Hoje, esses medos parecem não ter fundamento. Sim, indivíduos bilíngues tendem
a ter vocabulários ligeiramente menores em relação a monoglotas nos idiomas que
falam e às vezes demoram um pouco mais para encontrar a palavra certa para cada
objeto. Mas um estudo da década de 1960 feito no Canadá revelou que a
habilidade de falar dois idiomas não prejudica o desenvolvimento em geral, pelo
contrário. Os psicólogos Elizabeth Peal e Wallace Lambert, da Universidade
McGill, descobriram que os indivíduos bilíngues, na verdade, superam os
monoglotas em 15 testes verbais e não-verbais.
Infelizmente, esses resultados foram ignorados por
quase todos os pesquisadores da época. Apenas nos últimos anos o bilinguismo
recebeu a atenção que merece. O interesse renovado acompanhou inovações
tecnológicas, como a espectroscopia de infravermelho próximo funcional, uma
forma de diagnóstico por imagem que funciona com um monitor portátil observando
os cérebros de bebês sentados nos colos dos pais. Pela primeira vez, os
pesquisadores puderam analisar os cérebros de recém-nascidos em seus primeiros
encontros com alinguagem.
Usando essa técnica, a neurocientista
norte-americana Laura Ann Petitto, da Gallaudet University, descobriu uma
diferença fundamental entre bebês que crescem ouvindo uma ou duas línguas. De
acordo com a teoria mais difundida, os bebês nascem “cidadãos do mundo”,
capazes de diferenciar sons de qualquer idioma humano. Quando chegam a um ano,
acredita-se que eles tenham perdido essa capacidade e se concentram
exclusivamente nos sons de sua língua-mãe. Isso parece verdade para os
monoglotas, mas o estudo de Petitto, publicado em maio deste ano, descobriu que
as crianças bilíngues ainda mostram um aumento de atividade neurológica quando
ouvem línguas totalmente desconhecidas ao final de seu primeiro ano. Petitto
acha que a experiência bilíngue impede que a criança perca a capacidade de
entender sons de outros cantos. O fato ajuda as crianças bilíngues a aprenderem
outros idiomas pelo resto da vida.
Só o que interessa
Outra vantagem do cérebro de bilíngues foi
descoberta em 2003 por Ellen Bialystok, psicóloga da Universidade York de
Toronto. A pesquisadora pediu a um grupo de crianças que identificasse quais
frases de uma sequência eram gramaticalmente corretas. Ambos os tipos,
monoglotas e bilíngues, enxergavam o erro em frases como “maçãs cresçam em
árvores”, mas as diferenças apareciam quando analisavam frases sem sentido,
como “maçãs crescem em narizes”. Os monoglotas, desconcertados pela ideia
ridícula, não conseguiam reconhecer que a sentença não continha erros
gramaticais, enquanto os bilíngues davam a resposta certa.
Com base nesse e em outros estudos, Bialystok
defende que os cérebros de bilíngues passam por melhorias no chamado “sistema
executivo” do cérebro, um conjunto de habilidades mentais que dá capacidade de
bloquear informações irrelevantes. Essa vantagem seria a responsável por eles
conseguirem se concentrar na gramática e ignorar o sentido das palavras. A
característica também os ajuda a passar de uma tarefa para outra sem ficar
confuso.
O sistema executivo é fundamental para
praticamente tudo que fazemos, da leitura à matemática e até dirigir carros.
Logo, melhorias nesse aspecto resultam em maior flexibilidade mental. As
virtudes do bilinguismo podem até alcançar nossas habilidades sociais. Paula
Rubio-Fernández e Sam Glucksberg, ambos psicólogos da Universidade de
Princeton, nos Estados Unidos, descobriram que indivíduos bilíngues são mais
capazes de se imaginar no lugar dos outros, pois têm mais facilidade de
bloquear informações que já conhecem e se concentrar no ponto de vista alheio.
Ginástica mental
Mas por que falar dois idiomas torna o cérebro
bilíngue tão focado? Para descobrir isso, a psicóloga Viorica Marian, da
Universidade Northwestern, nos EUA, usou monitores de movimento dos olhos para
registrar o foco de voluntários enquanto realizavam uma série de atividades. Em
uma delas, a pesquisadora enfileirou alguns objetosem frente a indivíduos
bilíngues em russo e inglês e pediu, por exemplo, que “pegassem a caneta”. Os
nomes de parte dos objetos escolhidos soam parecidos nas duas línguas, mas têm
sentidos diferentes. A palavra russa para “selo” é parecida com a palavra em
inglês para “caneta”. Apesar dos voluntários sempre entenderem a pergunta, o
monitor mostrava que eles davam uma olhada rápida no objeto errado (o selo,
neste caso) antes de escolher o correto (a caneta).
Esse gesto quase imperceptível revela um detalhe
importante do cérebro bilíngue: nos bastidores, as duas línguas estão sempre
competindo pela nossa atenção. O resultado é que quando os bilíngues falam,
escrevem ou escutam o rádio, o cérebro está ocupado, tentando escolher a
palavra certa e inibindo o mesmo termo da outra língua. É um teste difícil de
controle executivo, o mesmo tipo de exercício que encontramos em programas de
“treinamento cerebral” vendidos por aí.
Não demorou para os cientistas imaginarem que essa
ginástica também poderia ajudar o cérebro a resistir aos efeitos da velhice.
Afinal, há evidências que outras formas de exercício cerebral criam uma reserva
cognitiva que protege a mente da deterioração causada pela idade. Isso foi
mostrado quando Bialystok e seus colegas coletaram dados de 184 pessoas
diagnosticadas com demência, metade das quais eram bilíngues. Os resultados,
publicados em 2007, foram surpreendentes: os sintomas surgiram quatro anos mais
tarde entre os bilíngues em relação a seus colegas monoglotas. Em 2010, eles
repetiram o estudo em outros 200 indivíduos com Alzheimer. Os sintomas
começaram a se manifestar cinco anos mais tarde entre aqueles pacientes que
eram bilíngues.
Outra língua, outra atitude
Além de fortalecer os cérebros, falar um segundo
idioma pode ter um impacto profundo sobre o comportamento. Susan Ervin-Tripp,
da Universidade de Berkeley, na Califórnia, estudou a questão na década de
1960, quando pediu a um grupo de falantes de japonês e inglês que completassem
um conjunto de frases em duas sessões separadas: primeiro em um idioma, depois
no outro. Ela descobriu que os voluntários tendiam a usar finais bastante
diferentes em uma língua e outra. Por exemplo, dada a frase “amigos de verdade
devem...”, os participantes completavam com “ajudar uns aos outros” em japonês,
mas com “ser honestos” em inglês. Os achados levaram Ervin-Tripp a sugerir que
os bilíngues utilizam dois canais mentais, um para cada idioma, como duas
mentes diferentes.
Diversos estudos recentes parecem apoiar essa
teoria das duas mentes (veja mais deles na página ao lado). Uma explicação é
que cada idioma traz à mente os valores da cultura que vivenciamos enquanto o
aprendíamos, explica Nairán Ramírez-Esparza, psicóloga da Universidade de Washington.
Em um estudo recente, Nairán pediu que mexicanos bilíngues avaliassem a própria
personalidade em questionários em inglês e espanhol. É sabido que a modéstia
tem um valor cultural mais alto no México em comparação com os Estados Unidos,
onde a assertividade é sinônimo de respeito. O idioma das perguntas parecia
ativar essas diferenças. Quando questionados em espanhol, os voluntários eram
mais humildes do que quando a pesquisa era apresentada em inglês.
Apesar dos avanços recentes, em se tratando do impacto
do bilinguismo, os pesquisadores podem estar vendo apenas a ponta do iceberg.
Muitas perguntas ainda estão sem resposta. Uma das principais é se um indivíduo
que foi criado monoglota poderia obter os mesmos benefícios ao aprender outra
língua. Em caso positivo, é difícil pensar em motivo melhor para o ensino de
língua estrangeira.
Fala-se muito sobre as dificuldades enfrentadas
por quem tenta aprender um novo idioma na idade adulta, mas as evidências
sugerem que o esforço vale a pena. “É possível aprender outro idioma com
qualquer idade e falá-lo fluentemente. Nós conseguimos ver os benefícios para o
seu sistema cognitivo”, diz Marian. Bialystok concorda que os aprendizes
adultos conquistam uma vantagem, ainda que o aumento de desempenho tenda a ser
mais fraco do que entre os bilíngues. “Aprenda um novo idioma com qualquer
idade pelo estímulo mental”, aconselha. “Essa é a fonte da reserva cognitiva.”
Por ora, sou grata por já ter superado esse desafio. Minha mãe nunca poderia
ter adivinhado quanto suas palavras mudariam meu cérebro e o modo como vejo o
mundo, mas tenho certeza de que valeu o esforço. E por tudo isso, não posso
deixar de dizer:Merci!
Dupla personalidade
Pesquisas
mostram como o raciocínio dos bilíngues pode mudar de acordo com o idioma
Imersão cultural
Pesquisadores da Universidade Northwestern mostraram que bilíngues
tendem a ter lembranças diferentes em cada língua. Ao receberem um pedido para
citar “uma estátua de alguém olhando para o horizonte com um braço erguido”,
voluntários fluentes em mandarim e inglês lembravam mais da Estátua da
Liberdade quando a pergunta era feita em inglês e da estátua de Mao Zedong em
mandarim.
Mala memória
Lera Boroditsky, professora da Universidade de Stanford, na Califórnia,
descobriu numa pesquisa de 2010 que quando bilíngues falam espanhol,
desenvolvem mais dificuldade em lembrar quem causou um acidente. Sua teoria é
que isso acontece provavelmente porque eles tendem a usar construções
impessoais como Se rompió el florero (“o vaso se quebrou”), que não explicitam
o responsável pelo evento.
Sangue latino
Quando o Baruch College de Nova York pediu a voluntários bilíngues em
inglês e espanhol que assistissem a anúncios televisivos com mulheres, a
tendência após ver as propagandas em espanhol era classificá-las como
independentes e extrovertidas; em inglês, os mesmos anúncios eram descritos
como desesperados e dependentes.
Falando grego
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Chipre revelou que
indivíduos bilíngues em grego e inglês informavam reações emocionais distintas
à mesma história, dependendo do idioma utilizado: eles ficavam “indiferentes” à
personagem na versão em inglês do teste, por exemplo, mas “preocupados” com seu
progresso quando escutavam a versão grega.