Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CouchSurfing helps you meet and adventure with new friends around the world.




Whats is CouchSurfing?


CouchSurfing International Inc. is a corporation based in San Francisco that offers its users hospitality exchange and social networking services.

Couchsurfing is a neologism referring to the practice of moving from one friend's house to another, sleeping in whatever spare space is available, floor or couch, generally staying a few days before moving on to the next house.

Here is the website: http://www.couchsurfing.org/

Watch this video and understand what CouchSurfing is all about:






terça-feira, 28 de agosto de 2012

WARM UP ACTIVITIES FOR ENGLISH LESSONS: Draw the Picture.


In this activity members split up into pairs or small groups. One person looks at a scene from a magazine or book (the leader should cut out enough pictures, or bring in enough magazines for the club). The other person has a pencil and a blank piece of paper. The person with the picture will try to describe everything he sees to the drawer. This is good practice for using prepositions of place. When the describer is finished, compare the drawings to the real thing! Whose is the closest to the original?

sábado, 25 de agosto de 2012

Irish Literature: Oscar Wilde.



“I knew that I had come face to face with some one whose mere personality was so fascinating that, if I allowed it to do so, it would absorb my whole nature, my whole soul, my very art itself.”



-- The Picture of Dorian Gray, Oscar Wilde

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Learning English using videos: The Brixton Pound.



Young black woman (Standard British/London accent):

I will definitely be spending the Brixton Pound!


Young black man (African accent):

Yes, for the first time, Brixton is going to have its own currency.


Young Sikh man (Standard British accent):

It’s a good idea.


White woman (Standard British accent):

Yes, I have heard about the Brixton Pound.


Tim Nichols (Standard American accent):

The Brixton Pound works like this: somebody will go into an issuing point, they will exchange pounds sterling for Brixton Pounds, they will then take those Brixton Pounds to a local shop, or to any place that they can find that’s a local independent supplier that accepts the Brixton Pounds, and use that money to pay for their goods, their services.


Rosie Lovell (Standard British accent):

I’d really like to use the Brixton Pound because I think that it’s really important to invest in your own community.


Blacker Dread (West Indian accent):

And we’ll accept it, as part and parcel of the day-to-day spending and the usage of money. 


Tim Nichols:

This is the first local currency in an urban setting. The goal is to create a… as liquid an economy… a local economy as possible. Currently, we have about 55 businesses on board. Businesses can give it as change, they can give it to their employees, if they wanted to pay them part of their wages, pay some of their local suppliers, if they do source things locally, or if they get services like plumbing from one of the local suppliers. If they need to, they can go back to an issuing point and exchange it back for pounds sterling. 


Rosie Lovell:

Having a Brixton Pound, it could really encourage people that live locally to spend their money locally, and the more good businesses that are independent that we have, in a community, the happier it is. 


Blacker Dread:

A lot of people earn good money and then they take it to the West End and it never circulates and comes back to Brixton. 


Tim Nichols:

If you go and spend 10 pounds sterling at a… at a company like Tescos, only about 10 per cent of any money that you spend in there is going to stay within the community. The reason that we want the money to stay within Brixton is to help preserve local jobs, help strengthen the local economy. The more diverse that a High Street is, with local businesses, the more resilient we are, as of escaping corporate supply chains, or international supply chains.


Rosie Lovell:

It’s really important to me that people that live in the area are putting back into the area.


Blacker Dread:

It’s changing Brixton from being infamous to famous.

PROFISSÃO PROFESSOR: HISTÓRIAS DOS PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA.





1.      Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica e profissional?

Muitos com certeza estranharão, minha formação acadêmica é Administração de Empresas, e também exerço esta profissão. Meu projeto é em 2013 começar a minha segunda graduação, em Letras.

2.   Quando e como decidiu ser professor e Por que escolheu lecionar inglês?

Bom, sempre gostei da língua inglesa, não sei ao certo dizer quando este gosto começou. Talvez influênciado pelas músicas tocadas nos radios, pelos jogos de vídeo game, pelos filmes. Quando adolescente, eu “fazia” um curso de inglês, não era um aluno exemplar, fazia os homeworks 5 minutos antes de começar a aula. Estudei por dois anos e depois parei. Depois de um bom tempo (10 anos) voltei a estudar, mas desta vez com muito mais empenho e dedicação. Um tempo depois de criar o blog, minha esposa que é Pedagoga, me incentivou a procurar escolas de inglês para dar aula. E como eu gosto muito de ajudar as pessoas, acabei me tornando professor de inglês.


3.   Por que você resolveu criar seu blog? De onde veio a ideia?

Após terminar o curso regular de inglês, continuei estudando por conta (alias, durante o curso eu estudava por conta também, lendo muitos livros em inglês, ouvindo vários podcasts, vendo filmes e seriados, tentando ficar em contato com o idioma o máximo possível). O blog foi uma junção de coisas que gosto, tecnologia e inglês. Como eu disse na pergunta anterior, eu gosto muito de ajudar as pessoas, e pensei que criando um blog poderia ajudar muita gente, e também o blog surgiu como “combustivel” para meus estudos, pois, tenho que pesquisar e aprender ainda mais, para não escrever nenhuma besteira. Junto com o blog veio a decisão de prestar o CAE, então o blog serve também como uma preparação para o exame. Estudo para o exame, e aproveito o resultado deste estudo para escrever.

4.   Quais os maiores desafios para alguém que deseja ser professor de inglês na região onde você mora?

Acredito que o maior desafio é encontrar formação de qualidade para exercer a profissão. A questão financeira também é algo que acaba sendo um grande desafio, pois, o ensino de inglês não é muito valorizado.


5.   Quais os planos para o futuro em relação à vida profissional?

Como eu havia respondido anteriormente, em 2013, pretendo iniciar minha segunda graduação, em Letras. Também pretendo em 2013, prestar o exame CAE, de Cambridge. E futuramente, o CPE, TKT, Celta.

6.   Qual a importância de aprender uma língua estrangeira hoje em dia?

Aprender é uma atividade que devemos executar até no nosso último dia de vida. Se há vida, há aprendizagem. Hoje em dia, é mais do que necessário aprender um segundo, terceiro idioma. O mundo está cada vez mais interligado, e muitas oportunidades aparecem para quem se comunica em mais de uma língua. Mas, também existe o enriquecimento culural, intelectual, que uma pessoa conquista ao aprender um novo idioma.


7.   Como é o Danilo Pereira em sala de aula? É difícil ser professor ou você leva numa boa?

Não gosto de parecer distante, como alguém que está ali só para ganhar um dinheirinho. Procuro ser sempre amigo dos meus alunos. Procuro mostrar que me preocupo com o aprendizado de cada um, e tenho auxiliá-los em suas dificuldades. Confesso que sempre a primeira aula de uma turma nova, que não conheço os alunos é um pouco dificil, talvez por não conhecer os alunos. Mas com o passar do tempo, crio um vinculo com eles e acaba tudo bem.


8.   Conte alguma situação inusitada vivida em sala de aula.

A situação mais insuitada até hoje foi em uma das minhas primeiras turmas, no ultimo dia de aula, resolvemos fazer uma festinha com troca de presentes (bombons) e a aluna que me tirou, além de dar o presente que haviamos estipulado, me deu um presente muito especial, me lembrando da minha profissão (vejam a foto com o presente). E o mais marcante foi ela dizer para toda a classe que no primeiro dia de aula, pensou em desistir, achando que a aula seria muito chata, porque o professor parecia chato, mas que com o passar do tempo, ela mudou totalmente a opinião dela, e o presente foi uma forma de demonstrar o quanto ela tinha gostado de passar aquele semestre estudando inglês. Para mim, foi uma prova de que fiz uma escolha certa, ser PROFESSOR!



9.   Qual mensagem você deixaria para as pessoas que estudam ou ensinam a língua inglesa?


Para os que estudam inglês: Estudar inglês pode ser fácil e divertido. Você pode estudar sem perceber, quando estiver tentando decorar a letra da sua música preferida, quando você estiver “mergulhado” em um mundo novo naquele livro que você gosta de ler (em inglês) naquele filme que você gosta, naquele seriado que você não perde um episódio. Em tudo isto, você pode e estará aprendendo inglês. Não procure os atalhos, você tem uma vida toda para aprender.

Para os meus amigos de profissão e vocação (sim, ser professor é uma vocação): Invista no seu inglês, faça treinamentos, leia livros, vá a conferências. Este investimento lhe trará muitos resultados positivos, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Faça a diferença na vida de seus alunos, mesmo que seja na vida de apenas um, mas faça!



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Learning English from Cartoons: Harry's Las Vegas Strip.




This cartoon by Andy Davey from The Sun, relates to the latest scandal involving Prince Harry, who was photographed in the nude clutching his privates during a game of strip pool in Las Vegas. The photos have since gone viral on the internet.
The Queen is on the phone to Harry while reading about his 'Nude Photos Outrage' in a newspaper. She tells him: "Harry, when I said send me some pictures of the Las Vegas strip ..." Prince Philip seems to be less concerned by Harry's antics than his wife.

EXPLANATION
The cartoonist plays on the double meaning of the word 'strip'. If you strip, you take your clothes off (think striptease!). But a strip is also a long street in a city or town, where there are a lot of stores, restaurants, and hotels. Many of the largest hotel, casino and resort properties in the world are located on the Las Vegas Strip.
VOCABULARY

Pool
 is a form of billiards. Strip pool is a party game and a variation of the traditional game where players remove an item of clothing whenever their opponent pockets the ball.

Theenglishblog.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SOTAQUES EM INGLÊS: SUL-AFRICANO.





Nessas nossas postagens sobre sotaques da língua inglesa, já estudamos como os ESCOCESES, os IRLANDESES e os CANADENSES pronunciam algumas palavras. Vimos algumas expressões típicas, e algumas características de alguns falantes da língua inglesa. Claro que não temos a intensão e determinar uma forma padrão, pois existem as questões linguísticas. E nem temos embasamento suficiente para um aprofundamento nessas questões, mas nesse mês, destacamos o sotaque SUL-AFRICANO.


De uma forma geral, o sotaque de alguns países da África como África do Sul e do Zimbabwe é caracterizado pela maneira clara como as palavras são pronunciadas, sem abrir muito a boca. As palavras, nesse sotaque, são separadas com um pouco mais de clareza do que em alguns outros sotaques já mencionados aqui no blog.


Podemos apontar a palavra “AFRICA” como o nosso primeiro exemplo. Essa palavra representa a diferença principal das vogais. O som de /ae/, como em CAT, muda para ficar bem semelhante à /é/ da palavra inglesa, BED. Em outras palavras, AFRICA, é pronunciada como, /éfrika/ e BACK; como /béck/, já em MAP, temos, /mép/.


Imaginem pronunciar os sons de todas as palavras nessa frase, trocando o /ae/ por /é/:


He sat back, totally relaxed, and attacked an apple.



Obviamente, imaginemos também a mesma frase sendo pronunciada bem separadamente:

He / sat / back, / totally / relaxed, / and / attacked / an / apple.

ASSISTAM A ESSA ENTREVISTA COM CHARLIZE THERON:


Apontaremos agora outra característica desse sotaque: A pronuncia mais curta das vogais cumpridas, principalmente, /i:/, que vai ficando reduzida para /I/. Portanto, FEET e FIT, EAT e IT, LEAVE e LIVE, SHEET e SHIT, são pronunciadas quase que de forma igual.

Assim temos,


“Is this seat free? Can I sit here please?”



Pronunciados quase, ou da mesma forma, com /I/. SEAT /sIt/, SIT /sIt/.  

ASSISTAM A ESSA ENTREVISTA COM MERYL STREEP:


 E para terminar, temos também o som /au/ que fica muito parecido com /ai/. Vejamos:

Now = /nai/

Sound = /saind/

Allowed = /alaid/

Town = /tain/


Nesse caso, fica muito fácil confundir, NICE TRIP com NOW STRIP.

Fica aqui a dica desse vídeo do ex-presidente, NELSON MANDELA, talvez o maior símbolo daquele país. Discurso de Nelson Mandela >> CLIQUE AQUI <<


Gostaríamos de ouvir o leitor. Qual deveria ser o próximo sotaque: AUSTRALIANO OU BRITÂNICO?





terça-feira, 21 de agosto de 2012

English Literature: Virginia Woolf.



“I just miss you, in a quite simple desperate human way. Oh my dear, I can’t be clever and stand-offish with you: I love you too much for that. Too truly.You have no idea how stand-offish I can be with people I don’t love. I have brought it to a fine art. But you have broken down my defences. And I don’t really resent it.”


— Vita Sackville West, from a letter to Virginia Woolf dated 21 January 1926.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PODERÃO APERFEIÇOAR LÍNGUA INGLESA NA UNIVERSIDADE DE LONDRES


                      

Segunda, 20 de Agosto de 2012 12:59

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta segunda-feira, 20, novo edital do programa Ensino de Inglês como Língua Estrangeira (Teaching of English as a Foreign Language), realizado em parceria com o Instituto de Educação da Universidade de Londres (IOE).

O programa busca valorizar o magistério da rede pública e melhorar a qualidade da educação básica brasileira, capacitando os docentes de língua inglesa, vinculados à rede pública de educação básica, por meio de sua participação em programa de aperfeiçoamento em didática da língua inglesa no IOE. As inscrições podem ser feitas até o dia 28 de setembro.

A iniciativa tem como objetivo promover a integração e a cooperação educacional, cultural e científica entre países parceiros, visando a atender às políticas de governo que têm como foco a qualidade da formação de educadores que atuam na educação básica; oferecer uma experiência in-loco em história e cultura inglesa para que isso se torne parte do currículo do ensino de inglês; e estimular parcerias com professores ingleses visando à interação on line entre os professores dos dois países.

PROGRAMA ENSINO DE INGLÊS COMO UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA



O programa de Ensino de Inglês como Língua Estrangeira é resultado da parceria entre a Capes e o Instituto de Educação da Universidade de Londres (IOE) para promover a capacitação de docentes de Língua Inglesa vinculados à rede pública de Educação Básica.


Com a parceria, a Capes pretende oferecer aos professores da Educação Básica a oportunidade de aperfeiçoamento profissional por meio de ações de cooperação internacional, uma estratégia já adotada, com êxito, na qualificação de docentes e pesquisadores que atuam na pós-graduação stricto sensu.

OBJETIVOS DO PROGRAMA


·         Favorecer a integração e a cooperação educacional, cultural e científica entre países parceiros, visando atender às políticas de governo com foco na qualidade da formação de educadores que atuam na educação básica.
·          
·         Possibilitar aos professores uma experiência in-loco em história e cultura inglesa para que isso se torne parte do currículo do ensino de inglês;
·          
·         Estimular o intercâmbio entre professores brasileiros e ingleses.
·          
·         Valorizar os profissionais do magistério da educação básica;
·          
·         Melhorar a qualidade do ensino na rede pública brasileira.
·          
COMO FUNCIONA

Os professores são selecionados por meio de edital específico para curso de aperfeiçoamento em didática da Língua Inglesa no Instituto de Educação da Universidade de Londres. Sua ênfase é na produção de material para o processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa no Brasil.

Como resultado de sua participação no programa, os professores deverão elaborar, com a supervisão de professores do Instituto de Educação da Universidade de Londres, um projeto de trabalho a ser desenvolvido com seus alunos e/ou professores de inglês de sua instituição de origem.

BENEFÍCIOS

A Capes financia:

·         Auxílio deslocamento terrestre nacional, quando for o caso, e passagem aérea nacional e internacional de ida e volta em classe econômica promocional;
·          
·         Seguro saúde;
·          
·         Auxílio Capacitação para custear as despesas com hospedagem, alimentação e deslocamento durante o curso na Universidade de Londres;
·          
·         Pagamento de Taxas Escolares.

SOME CARTOONS ABOUT THE AMERICAN EDUCATION: BACK TO SCHOOL.

Rob Tornoe


Joe Heller


Gary Varvel


Jeff Parker



domingo, 19 de agosto de 2012

Learning English from Cartoons: Continental Heatwave.



This cartoon by Blower from The Daily Telegraph uses the heatwave currently sweeping much of southern Europe as a metaphor for the Eurozone crisis.

The top panel shows people enjoying the sun on a beach in the south of England (note the white cliffs and Union Jack flags). In the lower panel, the sun has been replaced by the euro sign and the people are fleeing the boiling sea.

The message is clear: even though Britain is not part of the eurozone, the UK will feel the heat from the eurozone crisis (i.e., suffer the consequences).

VOCABULARY

A heatwave is a period of time during which the weather is much hotter than normal.

• Heatwave warnings were issued for a swath of central and southern France, from Burgundy to the Pyrenees.

From theenglishblog.com

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PRONUNCIATION POINT. -ED - PAST SIMPLE.

Para formar o passado dos verbos irregulares, acrescenta-se “-ed” à sua forma básica. A pronúncia, porém, frequentemente gera confusão, porque na verdade existem três sons finais diferentes: /Id/, /d/ e /t/. Mas, para identificá-los, temos alguns macetes. A pronúncia dos verbos terminados com /t/ ou /d/ têm o som /Id/, exemplo: needed /ni:dId/, wanted / wantId/. Se um verbo termina com uma vogal ou um som sonoro (ou seja, se você sente a vibração do som na garganta) o som final é /d/: served, opened /aupand/. Para os verbos terminados com um som surdo (sem vibração na garganta), o som final é /t/ como em watched /wat ʃt/ e worked /w3:kt/.

Vejam esse ótimo vídeo sobre a pronúncia dos verbos no passado em inglês:



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Duas línguas pensam melhor do que uma.


Estudos mostram que bilíngues têm vantagens no aprendizado, estão mais protegidos contra a senilidade e podem até raciocinar de forma diferente em cada idioma.
Quando era um bebê, minha mãe fez algo que alterou o modo como meu cérebro se desenvolveu. Algo que melhorou minha capacidade de aprendizagem, de resolver enigmas e de executar múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Um dia, esse ato talvez até proteja meu cérebro da senilidade. O que foi esse truque? Ela começou a falar comigo em francês. 



Novas pesquisas sugerem que falar duas línguas pode ter efeito profundo no modo como pensamos. O aprimoramento cognitivo é apenas o primeiro passo. Memórias, valores, até a personalidade podem mudar, dependendo da língua que estou falando. É quase como se o cérebro bilíngue abrigasse duas mentes independentes. 




A opinião sobre o bilinguismo não foi sempre tão positiva. Desde o século 19 pedagogos alertavam que a prática confundiria as crianças e as impediria de aprender corretamente uma das línguas ou a outra. Na pior das hipóteses, essa educação poderia prejudicar o desenvolvimento e reduziria o QI. Hoje, esses medos parecem não ter fundamento. Sim, indivíduos bilíngues tendem a ter vocabulários ligeiramente menores em relação a monoglotas nos idiomas que falam e às vezes demoram um pouco mais para encontrar a palavra certa para cada objeto. Mas um estudo da década de 1960 feito no Canadá revelou que a habilidade de falar dois idiomas não prejudica o desenvolvimento em geral, pelo contrário. Os psicólogos Elizabeth Peal e Wallace Lambert, da Universidade McGill, descobriram que os indivíduos bilíngues, na verdade, superam os monoglotas em 15 testes verbais e não-verbais.



Infelizmente, esses resultados foram ignorados por quase todos os pesquisadores da época. Apenas nos últimos anos o bilinguismo recebeu a atenção que merece. O interesse renovado acompanhou inovações tecnológicas, como a espectroscopia de infravermelho próximo funcional, uma forma de diagnóstico por imagem que funciona com um monitor portátil observando os cérebros de bebês sentados nos colos dos pais. Pela primeira vez, os pesquisadores puderam analisar os cérebros de recém-nascidos em seus primeiros encontros com a linguagem. 




Usando essa técnica, a neurocientista norte-americana Laura Ann Petitto, da Gallaudet University, descobriu uma diferença fundamental entre bebês que crescem ouvindo uma ou duas línguas. De acordo com a teoria mais difundida, os bebês nascem “cidadãos do mundo”, capazes de diferenciar sons de qualquer idioma humano. Quando chegam a um ano, acredita-se que eles tenham perdido essa capacidade e se concentram exclusivamente nos sons de sua língua-mãe. Isso parece verdade para os monoglotas, mas o estudo de Petitto, publicado em maio deste ano, descobriu que as crianças bilíngues ainda mostram um aumento de atividade neurológica quando ouvem línguas totalmente desconhecidas ao final de seu primeiro ano. Petitto acha que a experiência bilíngue impede que a criança perca a capacidade de entender sons de outros cantos. O fato ajuda as crianças bilíngues a aprenderem outros idiomas pelo resto da vida.


Só o que interessa 



Outra vantagem do cérebro de bilíngues foi descoberta em 2003 por Ellen Bialystok, psicóloga da Universidade York de Toronto. A pesquisadora pediu a um grupo de crianças que identificasse quais frases de uma sequência eram gramaticalmente corretas. Ambos os tipos, monoglotas e bilíngues, enxergavam o erro em frases como “maçãs cresçam em árvores”, mas as diferenças apareciam quando analisavam frases sem sentido, como “maçãs crescem em narizes”. Os monoglotas, desconcertados pela ideia ridícula, não conseguiam reconhecer que a sentença não continha erros gramaticais, enquanto os bilíngues davam a resposta certa.



Com base nesse e em outros estudos, Bialystok defende que os cérebros de bilíngues passam por melhorias no chamado “sistema executivo” do cérebro, um conjunto de habilidades mentais que dá capacidade de bloquear informações irrelevantes. Essa vantagem seria a responsável por eles conseguirem se concentrar na gramática e ignorar o sentido das palavras. A característica também os ajuda a passar de uma tarefa para outra sem ficar confuso.



O sistema executivo é fundamental para praticamente tudo que fazemos, da leitura à matemática e até dirigir carros. Logo, melhorias nesse aspecto resultam em maior flexibilidade mental. As virtudes do bilinguismo podem até alcançar nossas habilidades sociais. Paula Rubio-Fernández e Sam Glucksberg, ambos psicólogos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, descobriram que indivíduos bilíngues são mais capazes de se imaginar no lugar dos outros, pois têm mais facilidade de bloquear informações que já conhecem e se concentrar no ponto de vista alheio.



Ginástica mental



Mas por que falar dois idiomas torna o cérebro bilíngue tão focado? Para descobrir isso, a psicóloga Viorica Marian, da Universidade Northwestern, nos EUA, usou monitores de movimento dos olhos para registrar o foco de voluntários enquanto realizavam uma série de atividades. Em uma delas, a pesquisadora enfileirou alguns objetosem frente a indivíduos bilíngues em russo e inglês e pediu, por exemplo, que “pegassem a caneta”. Os nomes de parte dos objetos escolhidos soam parecidos nas duas línguas, mas têm sentidos diferentes. A palavra russa para “selo” é parecida com a palavra em inglês para “caneta”. Apesar dos voluntários sempre entenderem a pergunta, o monitor mostrava que eles davam uma olhada rápida no objeto errado (o selo, neste caso) antes de escolher o correto (a caneta).



Esse gesto quase imperceptível revela um detalhe importante do cérebro bilíngue: nos bastidores, as duas línguas estão sempre competindo pela nossa atenção. O resultado é que quando os bilíngues falam, escrevem ou escutam o rádio, o cérebro está ocupado, tentando escolher a palavra certa e inibindo o mesmo termo da outra língua. É um teste difícil de controle executivo, o mesmo tipo de exercício que encontramos em programas de “treinamento cerebral” vendidos por aí.



Não demorou para os cientistas imaginarem que essa ginástica também poderia ajudar o cérebro a resistir aos efeitos da velhice. Afinal, há evidências que outras formas de exercício cerebral criam uma reserva cognitiva que protege a mente da deterioração causada pela idade. Isso foi mostrado quando Bialystok e seus colegas coletaram dados de 184 pessoas diagnosticadas com demência, metade das quais eram bilíngues. Os resultados, publicados em 2007, foram surpreendentes: os sintomas surgiram quatro anos mais tarde entre os bilíngues em relação a seus colegas monoglotas. Em 2010, eles repetiram o estudo em outros 200 indivíduos com Alzheimer. Os sintomas começaram a se manifestar cinco anos mais tarde entre aqueles pacientes que eram bilíngues. 




Outra língua, outra atitude 




Além de fortalecer os cérebros, falar um segundo idioma pode ter um impacto profundo sobre o comportamento. Susan Ervin-Tripp, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, estudou a questão na década de 1960, quando pediu a um grupo de falantes de japonês e inglês que completassem um conjunto de frases em duas sessões separadas: primeiro em um idioma, depois no outro. Ela descobriu que os voluntários tendiam a usar finais bastante diferentes em uma língua e outra. Por exemplo, dada a frase “amigos de verdade devem...”, os participantes completavam com “ajudar uns aos outros” em japonês, mas com “ser honestos” em inglês. Os achados levaram Ervin-Tripp a sugerir que os bilíngues utilizam dois canais mentais, um para cada idioma, como duas mentes diferentes.



Diversos estudos recentes parecem apoiar essa teoria das duas mentes (veja mais deles na página ao lado). Uma explicação é que cada idioma traz à mente os valores da cultura que vivenciamos enquanto o aprendíamos, explica Nairán Ramírez-Esparza, psicóloga da Universidade de Washington. Em um estudo recente, Nairán pediu que mexicanos bilíngues avaliassem a própria personalidade em questionários em inglês e espanhol. É sabido que a modéstia tem um valor cultural mais alto no México em comparação com os Estados Unidos, onde a assertividade é sinônimo de respeito. O idioma das perguntas parecia ativar essas diferenças. Quando questionados em espanhol, os voluntários eram mais humildes do que quando a pesquisa era apresentada em inglês.



Apesar dos avanços recentes, em se tratando do impacto do bilinguismo, os pesquisadores podem estar vendo apenas a ponta do iceberg. Muitas perguntas ainda estão sem resposta. Uma das principais é se um indivíduo que foi criado monoglota poderia obter os mesmos benefícios ao aprender outra língua. Em caso positivo, é difícil pensar em motivo melhor para o ensino de língua estrangeira.




Fala-se muito sobre as dificuldades enfrentadas por quem tenta aprender um novo idioma na idade adulta, mas as evidências sugerem que o esforço vale a pena. “É possível aprender outro idioma com qualquer idade e falá-lo fluentemente. Nós conseguimos ver os benefícios para o seu sistema cognitivo”, diz Marian. Bialystok concorda que os aprendizes adultos conquistam uma vantagem, ainda que o aumento de desempenho tenda a ser mais fraco do que entre os bilíngues. “Aprenda um novo idioma com qualquer idade pelo estímulo mental”, aconselha. “Essa é a fonte da reserva cognitiva.” Por ora, sou grata por já ter superado esse desafio. Minha mãe nunca poderia ter adivinhado quanto suas palavras mudariam meu cérebro e o modo como vejo o mundo, mas tenho certeza de que valeu o esforço. E por tudo isso, não posso deixar de dizer: Merci!





Dupla personalidade
 
Pesquisas mostram como o raciocínio dos bilíngues pode mudar de acordo com o idioma 


Imersão cultural 

Pesquisadores da Universidade Northwestern mostraram que bilíngues tendem a ter lembranças diferentes em cada língua. Ao receberem um pedido para citar “uma estátua de alguém olhando para o horizonte com um braço erguido”, voluntários fluentes em mandarim e inglês lembravam mais da Estátua da Liberdade quando a pergunta era feita em inglês e da estátua de Mao Zedong em mandarim.
 

Mala memória 

Lera Boroditsky, professora da Universidade de Stanford, na Califórnia, descobriu numa pesquisa de 2010 que quando bilíngues falam espanhol, desenvolvem mais dificuldade em lembrar quem causou um acidente. Sua teoria é que isso acontece provavelmente porque eles tendem a usar construções impessoais como Se rompió el florero (“o vaso se quebrou”), que não explicitam o responsável pelo evento.
 

Sangue latino 

Quando o Baruch College de Nova York pediu a voluntários bilíngues em inglês e espanhol que assistissem a anúncios televisivos com mulheres, a tendência após ver as propagandas em espanhol era classificá-las como independentes e extrovertidas; em inglês, os mesmos anúncios eram descritos como desesperados e dependentes.


Falando grego 

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Chipre revelou que indivíduos bilíngues em grego e inglês informavam reações emocionais distintas à mesma história, dependendo do idioma utilizado: eles ficavam “indiferentes” à personagem na versão em inglês do teste, por exemplo, mas “preocupados” com seu progresso quando escutavam a versão grega.