Começa agora uma série de postagens, retiradas na integra, de outros
sites para meus alunos de Literatura
Norte-Americana I. todo o
material será disponibilizado apenas para orientar ou fazer com que os alunos
tenham informações extras com o objetivo único de auxiliar nos estudos de tal
disciplina. Embora estas postagens sejam escritas em português, as aulas serão
ministradas em língua inglesa.
A disponibilização dos sites se origem estará disponível apenas na
última postagem, portando não estranhem o fato de não encontrar referências
aqui, no momento!
Primórdios
e Período Colonial
A
base da literatura americana tem início com a transmissão oral de mitos,
lendas, contos e letras (sempre de canções) das culturas indígenas. A tradição
oral do indígena americano é bastante diversificada. As histórias indígenas
fazem uma brilhante reverência à natureza como mãe espiritual e também física.
A natureza é viva e dotada de forças espirituais; os principais personagens
podem ser animais ou plantas, geralmente totens associados a uma tribo, um
grupo ou indivíduo.
A
contribuição do índio americano para os Estados Unidos é maior do que se pensa.
Centenas de palavras indígenas são usadas no inglês americano do dia-a-dia,
entre elas “canoe” (canoa), “tobacco” (tabaco), “potato” (batata), “moccasin”
(mocassim), “moose” (alce), “persimmon” (caqui), “raccoon” (guaximim),
“tomahawk” (machadinha indígena) e “totem” (totem). A produção literária
ameríndia contemporânea, da qual trata o capítulo 7, também contém obras de
grande beleza.
O
primeiro registro europeu sobre a exploração da América é em um idioma
escandinavo. A Velha Saga Norueguesa de Vinland conta como o aventureiro Leif
Eriksson e um bando de noruegueses errantes se instalaram por um breve período
na costa nordeste da América — provavelmente na Nova Escócia, no Canadá — na
primeira década do século 11.
O
primeiro contato conhecido e comprovado entre os americanos e o resto do mundo,
contudo, começou com a famosa viagem de um explorador italiano, Cristóvão
Colombo, financiada por Izabel, rainha da Espanha. O diário de Colombo em sua
“Epístola”, impresso em 1493, conta o drama da viagem.
As
primeiras tentativas de colonização pelos ingleses foram desastrosas. A
primeira colônia foi fundada em 1585 em Roanoke, na costa da Carolina do Norte;
todos os seus colonizadores desapareceram. A segunda colônia foi mais
duradoura: Jamestown, fundada em 1607. Ela resistiu à fome, à brutalidade e ao
desgoverno. No entanto, a literatura desse período pinta a América com cores
brilhantes como uma terra de fartura e oportunidades. Relatos sobre as
colonizações tornaram-se famosos no mundo todo.
No
século 17, piratas, aventureiros e exploradores abriram caminho para uma
segunda onda de colonizadores permanentes, que levou esposas, filhos,
implementos agrícolas e ferramentas artesanais. As primeiras produções
literárias da época da exploração consistiam de diários, cartas, diários de
viagem, registros de bordo e relatórios dirigidos aos financiadores dos
exploradores. Como a Inglaterra acabou tomando posse das colônias da América do
Norte, a literatura colonial mais conhecida e antologizada era inglesa.
Na
história do mundo, provavelmente, não houve outros colonizadores tão
intelectualizados quanto os puritanos, a maioria dos quais de origem inglesa ou
holandesa. Entre 1630 e 1690, havia tantos bacharéis na região nordeste dos
Estados Unidos, conhecida como Nova Inglaterra, quanto na Inglaterra. Os
puritanos, que sempre venceram pelo próprio esforço e foram geralmente
autodidatas, queriam educação para entender e realizar a vontade divina ao
fundarem suas colônias por toda a Nova Inglaterra.
O
estilo puritano apresentava grande variedade — da complexa poesia metafísica
aos diários domésticos, passando pela história religiosa com fortes toques de
pedantismo. Seja qual for o estilo ou o gênero, certos temas eram constantes. A
vida vista como um teste; o fracasso que leva à maldição eterna e ao fogo do
inferno; e o sucesso que leva à felicidade eterna. Esse mundo era uma arena de
embates constantes entre as forças de Deus e as forças do Diabo, um inimigo
terrível com muitos disfarces.
Há
muito tempo os acadêmicos enfatizam essa ligação entre o puritanismo e o
capitalismo: ambos têm como base a ambição, o trabalho árduo e a luta intensa
pelo sucesso. Embora individualmente os puritanos não pudessem saber, em termos
estritamente teológicos, se estavam “salvos” e entre os eleitos que iriam para
o céu, eles viam em geral o sucesso terreno como um sinal de terem sido os
escolhidos. Buscavam riqueza e status não só para eles próprios, mas como uma
sempre bem-vinda garantia de saúde espiritual e promessas de vida eterna.
Além
disso, o conceito de administração estimulava o sucesso. Os puritanos achavam
que ao aumentar seu próprio lucro e o bem-estar da comunidade, estavam também
promovendo os planos de Deus. O grande modelo de literatura, crença e conduta
era a Bíblia, em uma tradução inglesa autorizada. A grande antiguidade da
Bíblia assegurava autoridade aos olhos dos puritanos.
Com
o fim do século 17 e início do século 18, o dogmatismo religioso diminuiu
gradualmente, apesar dos grandes esforços esporádicos dos puritanos para
impedir a onda de tolerância. O espírito de tolerância e liberdade religiosa
que cresceu aos poucos nas colônias americanas foi plantado inicialmente em
Rhode Island e na Pensilvânia, terra dos quakers. Os humanos e tolerantes
quakers, ou “Amigos”, como eram conhecidos, acreditavam no caráter sagrado da
consciência individual como origem da ordem social e da moralidade. A crença
fundamental dos quakers no amor universal e na fraternidade os tornou
profundamente democráticos e contrários à autoridade religiosa dogmática.
Expulsos do rígido estado de Massachusetts, que temia sua influência,
estabeleceram uma colônia muito bem-sucedida, a Pensilvânia, sob o comando de
William Penn, em 1681.
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